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Quinta - 20 de Junho de 2013 às 22:51

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"Nada está funcionando". O lamento do jornalista alemão que trabalha para uma das maiores agências de notícias do mundo nem é dito com raiva.

Mas deveria servir de sinal de alerta para o governo a um ano da Copa do Mundo. Quem estava em Fortaleza, onde a seleção jogou na quarta-feira, e foi para Salvador, palco do jogo do Brasil contra a Itália, no sábado, sentiu a pobreza do sistema áereo brasileiro.

Malha insuficiente, infraestrutura precária dos aeroportos e ineficiência das empresas foram vistos nesse trajeto relativamente curto.

Com poucos voos diretos, quem procurou passagem há dez dias só encontrou "rotas alternativas". A equipe da ESPN, junto com jornalistas da agência Reuters e de outras equipes de televisão nacionais, só conseguiu ir da capital cearense para a baiana passando pelo Rio de Janeiro. Seria como estar em Nova York e ir para Chicago via Los Angeles.

No lugar dos 90 minutos de uma rota direta, a viagem durou mais de sete horas. Mas muito pior foi o que brasileiros e estrangeiros viram nos aeroportos nacionais.

Em Fortaleza, o piloto do avião disse que não poderia ligar o ar condicionado no solo por falta de equipamentos no aeroporto. E no Rio a coisa foi muito pior.

Por causa da neblina, o avião precisou ficar dando voltas próximo ao Rio por quase uma hora até as condições melhorassem e o pouso fosse autorizado.

Quando enfim desceu no Galeão, o avião foi até o finger, as espécies de ponte que levam os passageiros do avião até o terminal. Mas, depois de uma espera superior a dez minutos, foi anunciado que o equipamento estava enguiçado.

Foi dito então que o desembarque seria feito pela pista, com um ônibus levando os passageiros até o terminal. Mas o primeiro coletivo demorou outros dez minutos para chegar. Só que ele não era suficiente para todos. Quem esperou o segundo ônibus se deu ainda pior. Foram outros longos minutos de espera, e quando ele chegou era um microônibus, apertado e com pouco espaço para mochilas.

Pior era a cena do terminal. Funcionários da companhia indicavam o caminho da conexão, que tinha placas de gesso caindo e fiação e ferragens à mostra.. "São só dois lances", falava o colaborador da empresa. Mas todas as escadas rolantes não estavam funcionando. Idosos e gente com malas pesadas tinham que subir os degraus caminhando.

Quem ficou no segundo ônibus não tinha funcionário para orientá-los. E, mesmo com a conexão imediata por causa do atraso do primeiro voo, ficaram vagando pelo terminal sem informação alguma. Um sufoco.





Fonte: ESPN

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