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Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Sexta - 05 de Dezembro de 2008 às 15:54

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Washington, DC - O ministro da Defesa do Brasil, Nelson Jobim, afirmou nesta sexta-feira (05.12), que muitas das críticas feitas ao governador Blairo Maggi são infundadas. Em Washington, onde o ministro participa de um evento sobre as relações Brasil e Estados Unidos ao lado do governador de Mato Grosso, Jobim atacou os preservacionistas, dizendo que eles “querem preservar a Amazônia para deleite próprio”. Segundo Jobim, a agenda da Amazônia é, infelizmente, produzida fora do país. “Os preservacionistas querem empurrar uma população de 20 milhões de pessoas para a ilegalidade. O Brasil sabe muito bem que a floresta é um benefício e que compete a ele preservar o espaço. Há milhões de pessoas que vivem na Amazônia e temos que dar uma resposta para as pessoas que vivem na região”, relatou o ministro.

Blairo Maggi, que falou sobre as oportunidades de relacionamento entre Brasil e Estados Unidos na administração de Barack Obama, apontou a questão ambiental como uma nova área de interesse entre os dois países. “Brasília e Washington têm a chance de liderar o processo de fortalecimento das questões ambientais. Politicamente os Estados Unidos ainda não estão muito organizados. Mas o recado do presidente eleito Obama, de que a questão ambiental será uma das prioridades do seu governo, abre enormes oportunidades de cooperação entre os dois países”, disse.

O governador voltou a defender o pagamento por serviços ambientais como uma das formas mais eficientes para reduzir o desmatamento. “Há dinheiro e há transações de crédito de carbono. Quando uma usina hidrelétrica é construída no Brasil ela emite no mercado um certificado de crédito de carbono. Com isso, uma empresa nos Estados Unidos ou na Europa tem a chance de comprar esse título para compensar as emissões de CO2 na atmosfera. Temos que levar esse modelo para a floresta”, defendeu.

Já o ex-embaixador brasileiro em Washington, Rubens Barbosa, afirmou que o momento é importante para os dois países identificarem novas oportunidades de comércio. “Vejo que há espaço para um maior intercâmbio entre pequenas e médias empresas”. Para Barbosa, no entanto, ainda há muita retórica e pouco pragmatismo nas relações entre Brasil e Estados Unidos. “Apenas em 2003, quando o presidente Lula veio para os Estados Unidos, foi que tivemos o primeiro encontro ministerial entre os dois países. Ou seja, os mecanismos para avançar nas relações existem, eles estão lá. Precisamos de vontade política dos dois lados”, afirmou.

Maggi lembrou que na questão agrícola os brasileiros não devem esperar muitas mudanças. “Em tempos de crise os países ricos aumentam os subsídios agrícolas. Os países pobres e em desenvolvimento não têm condições de oferecer subsídios, então são obrigados a reduzir a oferta”, disse. O governador de Mato Grosso apontou que a questão do etanol deve dominar as discussões agrícolas entre os dois países. “Não acho que a produção de milho para o etanol nos Estados Unidos está errada. Devemos levar em consideração que o investimento para a produção de etanol a partir do milho abriu espaço para a produção de novos grãos no Brasil. Porém, temos que chegar num acordo para acomodar a tarifa que o etanol brasileiro sofre para entrar nos Estados Unidos. Há espaço para a produção de etanol a partir do milho e há espaço para uma maior inserção do etanol brasileiro”, concluiu.





Fonte: Secom-MT

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