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Terça - 02 de Dezembro de 2008 às 07:28

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Cresce o número de mortalidade masculina em Mato Grosso, entre 20 a 24 anos. A constatação é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou hoje dados sobre a expectativa de vida dos brasileiros referentes ao ano de 2007.

Segundo o estudo, creceu o número da mortalidade masculina de 2,77% em 1991 para 4,11% em 2207. O aumento relativo percentual é 48,67% em 16 anos. Para especialistas, o aumento de mortes de homens jovens é resultado do aumento da violência. Eles são as maiores vítimas de homicídios e também de acidentes no trânsito.

Mas os números em Mato Grosso estão bem acima da média nacional, que registrou um aumento de 25,70% de mortes masculina na mesma faixa etária. Se as mortes por causas externas, particularmente as mortes violentas, não tivessem adquirido tamanha dimensão, a esperança de vida ao nascer de um brasileiro poderia ser superior em 2 ou 3 anos, explica a pesquisa.

Expectativa de vida

O aumento de vida das mulheres mato-grossenses cresceu em seis anos, praticamente um a mais do que os homens. Em 1991, uma mulher nascida em Mato Grosso vivia em média, 70,70%. Já em 2007, passou para 76,85%, um aumento de 6,15%. Já os homens tiveram um aumento de 5,15% anos nesse período.

Mesmo o estado tendo um auto índice de mortalidade masculina, a expectativa de vida em Mato Grosso está acima da média do país. No estado o ganho foi de 5,64% para a expectativa de vida até 2007, enquanto no Brasil ficou próximo de 5,57%.

Porém, comparando Mato Grosso com as outras unidades do Centro-Oeste, o Estado fica em último lugar no índice de expectativa de vida. O primeiro lugar é do Distrito Federal, depois vem Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso.

Ao longo destes 16 anos, a mortalidade infantil reduziu em todos os estados, e a esperança de vida aumentou em todas as idades, especialmente ao nascer. Ainda assim, a morte dos jovens do sexo masculino por causas externas é um fato social desconfortável para o país. Esses jovens são em grande parte, fruto da violência que se instaurou na sociedade brasileira.

Brasil

Os brasileiros estão vivendo mais. Segundo o estudo, a população vive mais 5,57 anos, se comparada a 16 anos atrás. No ano de 1991, a expectativa de vida de um brasileiro era de 67 anos. Em 2007, o número aumentou para 72,57 anos. A mortalidade infantil diminuiu em 46% em todo o país no período. Em Mato Grosso a queda foi de 42%.

Segundo a pesquisa, a idade que compreende entre 20 e 24 anos marca a grande diferença entre a expectativa de vida de homens e mulheres. Os mais expressivos diferenciais por sexo são encontrados nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste, certamente fruto da combinação de efeitos como a maior longevidade feminina e as mortes por causas externas, como a violência entre a população masculina jovem.

A esperança de vida ao nascer de um brasileiro poderia ser de dois ou três anos a mais, se não houvesse esse aumento na quantidade de mortes entre homens jovens, conclui a pesquisa do IBGE.

No ano 2000, havia mais de um milhão de mulheres em comparação à população masculina nessa faixa etária. A quantidade de homens e mulheres, de acordo com a pesquisa, deve se equilibrar a partir de 2040, quando haverá uma diminuição da população jovem.

A pesquisa mostra também que os homens das Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste vivem mais do que os das Regiões Norte e Nordeste. Em alguns estados, essa diferença pode ser de quase 10 anos. Em 2007, um homem em Santa Catarina, por exemplo, tinha a expectativa de vida de 72, 09 anos, enquanto no Maranhão a esperança de vida era de 62,86 anos.

Mesmo assim, entre 1991 e 2007, a expectativa de vida dos homens destas regiões cresceu, principalmente no Nordeste com 6,61%, o maior aumento do Brasil.





Fonte: TVCA

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