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Saúde
Quarta - 26 de Novembro de 2008 às 12:17

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Ossos frágeis, porosos e propícios a fraturas provocadas até por pequenas lesões. Esse é o resultado da osteoporose, uma doença grave que se caracteriza pela perda progressiva de massa óssea que enfraquece o esqueleto à medida que a pessoa envelhece. A doença atinge cerca de 30% das mulheres e 15% dos homens acima de 50 anos, segundo estudo da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), divulgado há 15 dias.

Apesar dos altos índices, a pesquisa traz um dado preocupante: 90% dos entrevistados já ouviram falar em osteoporose, mas não sabem detalhes sobre a prevenção e o tratamento do problema.

"Esse foi um dado alarmante, pois muitas pessoas não relacionam as fraturas ao enfraquecimento dos ossos", explica o reumatologista Marcelo Pinheiro, responsável pelo ambulatório de osteoporose da universidade.

Menopausa e genética

Entre as mulheres, a menopausa é a grande vilã. "A osteoporose acontece com freqüência na fase da menopausa, quando o organismo feminino tem dificuldade de absorver o cálcio, que é a matéria-prima dos ossos e que os faz ficarem rígidos", explica Marise Lazzaretti Castro, endocrinologista e especialista em doenças osteometabólicas.

Além disso, existem fatores genéticos que podem desenvolver a doença. "Se há ocorrência de osteoporose na família, entre pais, tios e avós, a propensão de a pessoa adquirir a doença ao longo dos anos é muito maior", conta a especialista.

A pedagoga Maria do Rosário Cestari Marzullo, 56 anos, quebrou o pé há mais de dez anos, quando foi diagnosticada uma osteopenia, que é o início da perda de massa óssea e pode ser considerada o estágio anterior à osteoporose.

A doença chegou mesmo com a menopausa. "Fiz alguns exames para controle da menopausa, e a osteoporose foi descoberta. Por um tempo, fiz reposição hormonal. Mas meu tratamento até hoje é com a alimentação, que é rica em cálcio", conta Maria do Rosário.

O mesmo aconteceu com sua filha, a fisioterapeuta Aline de Nogueira Marzullo, 27 anos. "Meu dentista percebeu manchas brancas e pequenas fissuras nos meus dentes e sugeriu que eu fizesse os exames, que acusaram uma perda de cálcio no meu organismo, apontada como sintoma da osteopenia", conta Aline.

Para Marise Lazzaretti, esse quadro é incomum pela pouca idade. "A única explicação nesse caso é sua carga genética", afirma. Além da alimentação rica em cálcio, a atividade física de impacto, como corrida ou caminhada, ajuda a fazer a fixação do cálcio nos ossos. A exposição ao sol da manhã é indicada. "Os raios solares produzem a vitamina D na pele, que ajuda na absorção do cálcio", diz Marise.





Fonte: Revista da Hora

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