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Quinta - 20 de Junho de 2013 às 07:19
Por: JOANICE DE DEUS

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LORIVAL FERNANDES/DC
Técnicos fazem qualificação e reivindicam melhorias nas unidades do interior do Estado e aumento de salário
Técnicos fazem qualificação e reivindicam melhorias nas unidades do interior do Estado e aumento de salário
Gestores municipais ligados à área de assistência social têm até o próximo dia 24 para entregar o termo de aceite do novo reordenamento do serviço de proteção básica às famílias em situação de vulnerabilidade ou risco social. Quem perder o prazo corre o risco de ter os repasses feitos pelo governo Federal suspensos. Assuntos como estes são temas do curso de capacitação da Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas-MT) voltado a técnicos dos Centros de Referência da Assistência Social (Cras) e dos Centros de Referência Especializada da Assistência Social (Creas), que teve início ontem. 


 
"A maioria dos municípios já preencheu o termo. Quem ainda não o fez, estamos verificando os motivos e orientando a fazer o preenchimento do termo para não perder o recurso", informou Oracilda Pinheiro, assistente social da Setas. Atualmente, os recursos são cofinanciados pelo Estado e União. 


 
Pela esfera estadual, o menor valor repassado (de acordo com o porte do município) atualmente é da ordem de R$ 9.105,00. Em Cuiabá, por exemplo, o repasse é pouco mais de R$ 50 mil ao ano. 


 
"O recurso federal é mensal. A partir de julho ninguém receberá menos que R$ 9 mil", informou. 


 
O termo de aceite estabelece responsabilidades e compromissos a serem cumpridos pelo gestor municipal da Política de Assistência Social. Compromissos como o de propiciar condições adequadas para o atendimento. Localizada a 35 quilômetros de Cuiabá, Chapada dos Guimarães é uma das cidades mato-grossenses onde o Cras necessita de mais investimento. 


 
Trabalhando na área há 10 anos, Kathellyn da Cruz Meira relata que uma das principais necessidades do Cras de Chapada é recursos humanos. "O município não disponibiliza equipe necessária para os serviços administrativos, o que sobrecarrega os técnicos que acabam realizando os trabalhos e, por vezes, deixando de fazer atendimentos e visitas", contou. 


 
Para ela, também é necessário melhorar o salários dos profissionais da área. "Não temos um salário condizente com o trabalho que desenvolvemos", observou. Os Cras são considerados a porta de entrada para o Sistema Único da Assistência Social (Suas). São estes locais que propiciam o atendimento de famílias em situação de vulnerabilidade social, por meio de serviços de proteção básica. 


 
Já os Creas oferecem atendimento a famílias e pessoas em situação de risco, que tiveram seus direitos violados ou ameaçados, como é o caso de pessoas em situação de abandono, de violência física, psicológica ou até mesmo sexual. Em Chapada, por exemplo, entre as principais demandas estão casos envolvendo abusos sexuais de criança e adolescente e violência contra a mulher. 


 
Trabalhando há um mês no Cras do Pedra 90, Dais Rocha Amorim, também reconhece que a estrutura do local não é boa. Uma das situações relatadas por ela é o fato da unidade contar com um carro para as visitas às famílias apenas uma vez por semana. "Quando precisamos temos que pedir", comentou. 


 
Mato Grosso possui 174 Cras e 41 Creas. Conforme Oracilda Pinheiro, nos próximos dias o governo do Estado estará entregando carros para todos os municípios que possuem Cras e Creas. Além disso, construirá sedes próprias para os Cras até 2014 nas cidades onde a unidade pública funciona em espaço alugado. 


 
Mais de 200 técnicos dos dois centros participaram da capacitação, que continua hoje. Entre os temas abordados estão o reordenamento dos serviços oferecidos, ao trabalho das equipes volantes, a medidas socioeducativas, ao serviço de acolhimento institucional, entre outros assuntos. 





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