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Economia
Quarta - 19 de Novembro de 2008 às 14:25

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O Brasil registrou uma saída líquida de US$ 877 milhões nas duas primeiras semanas de novembro, devido principalmente à crise internacional de crédito. O número é a diferença entre os dólares que entraram e os que saíram do país no período.

Os dados fazem parte do fluxo cambial, que mede o movimento de entrada e saída de dólares do país, divulgado hoje pelo Banco Central.

O fluxo é dividido em duas partes. Na área comercial, houve uma entrada de US$ 1,084 bilhão (diferença entre exportações e importações). Na área financeira, saíram do país US$ 1,962 bilhão.

Na comparação entre as duas semanas, houve um forte aumento na saída de dólares na área financeira, de US$ 442 milhões para US$ 1,519 bilhão.

No acumulado de 2008, o fluxo cambial está positivo em US$ 11,672 bilhões. O resultado comercial registra entrada líquida de dólares de US$ 45,965 bilhões, e o saldo da conta financeira aponta uma saída de US$ 34,293 bilhões.

No mesmo período do ano passado, o Brasil havia registra uma entrada de US$ 79,958 bilhões por meio do fluxo cambial.

Os resultados de novembro ainda estão melhores do que o registrado no mês anterior. Em outubro, o Brasil teve uma saída de US$ 4,639 bilhões no fluxo, o pior resultado desde janeiro de 1999, mês em que o Brasil abandonou o sistema de câmbio fixo. Somente na área financeira, saíram do país US$ 6,249 bilhões, o pior resultado desde janeiro, quando houve uma saída de US$ 6,5 bilhões.

ACC

Os dados do BC mostram um aumento do crédito para exportadores por meio de ACC (Adiantamento de Contrato de Câmbio) nas duas primeiras semanas de novembro.

Os contratos de ACC passaram de US$ 391 milhões para US$ 977 milhões entre as duas semanas. No mês, somam US$ 1,368 bilhão.

Esse mecanismo permite que uma empresa possa receber adiantado o dinheiro de um contrato de exportação. Para isso, ela usa contrato para buscar o crédito em um banco. A crise internacional de crédito havia reduzido essas linhas, o que ajudou a pressionar a cotação da moeda no Brasil.





Fonte: Folha Online

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