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Polícia Brasil
Terça - 18 de Novembro de 2008 às 08:01
Por: Silvana Ribas

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PM jogou o corpo no Portão do Inferno e estava presente quando a polícia fez o resgate

O tenente PM Sávio Pelegrini se apresentou ontem à Polícia Civil e confessou que foi quem matou o ex-presidiário Edson Neves Rosa, 26, a tiros e depois colocou o corpo no porta-malas de um veículo Mercedez Classe A, cor prata, e o lançou no precipício do "Portão do Inferno", em Chapada dos Guimarães (distante 60 km de Cuiabá). O corpo de Edson foi localizado em decomposição na tarde de quinta-feira (13) e retirado do local na manhã seguinte. O policial acompanhou a retirada do corpo.

O motivo alegado para o crime pelo tenente, que é lotado na Companhia PM Independente de Chapada dos Guimarães, é que "agiu de cabeça quente" depois que Edson invadiu a casa dos pais dele durante um assalto, onde foi violento e agressivo com sua família, submetendo-os à tortura. O depoimento do tenente ao delegado titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Márcio Pieroni, foi acompanhado pelo coronel Osmar Farias.

No depoimento, o oficial PM disse que agiu sozinho, na madrugada de quarta-feira, quando flagrou o assaltante furtando um toca CDs de um veículo, em uma das ruas do bairro Consil. Teria atirado em Edson e levado o corpo. Edson já cumpriu pena por roubo e tem passagens por furto.

Segundo informações da polícia, Edson, na hora em que foi abordado pelo PM, estaria em companhia de uma mulher, que fugiu mas acabou presenciando a execução. Uma outra testemunha teria visto o crime, anotado a placa do veículo e ligado para o Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) do bairro Planalto, relatando o fato. Tanto que os policiais foram até o local onde haviam manchas de sangue. Lá foi recolhido o par de chinelos e o boné da vítima que foram derrubados. O delegado Márcio Pieroni se negou a prestar informações sobre o caso, dizendo que só se pronunciará depois do inquérito concluído.

O major PM Rachid Mohamed, corregedor adjunto da Polícia Militar, informou ontem que as apurações do crime serão feitas pela Polícia Civil, por não se tratar de crime militar, já que o fato ocorreu durante a folga do oficial. Somente depois que a Polícia Civil encaminhar à corregedoria o inquérito policial é que serão tomadas as medidas administrativas. O comando da PM deverá informar hoje se o tenente será ou não afastado temporariamente das funções, até a conclusão do inquérito policial.





Fonte: A Gazeta

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