Ministro do Bolsa Família, Patrus se apresenta para concorrer ao governo de Minas
O ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) colocou seu nome à disposição do PT para concorrer ao governo de Minas Gerais, em 2010. Patrus é responsável pelo mais propagandeado programa social do governo Lula, o Bolsa Família.
"Na medida em que me coloco nesse debate, nessa discussão, sem nenhum personalismo, meu nome se coloca também como uma possibilidade para ser considerada pelo partido e pelas forças populares de Minas Gerais" disse o ministro.
A declaração ocorreu no final de semana, em Contagem (MG), em encontro da "Articulação" do PT de Minas (tendência que no PT nacional integra o Campo Majoritário), onde Patrus foi recebido com faixas e gritos de "governador".
O ministro Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência) disse ser "precipitado" falar em nomes agora, mesmo afirmando que "a maioria das pessoas tem preferência pelo ministro Patrus".
No encontro faltou o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel. Ele, que sonha com o governo de Minas, afastou Patrus e Dulci da disputa eleitoral em BH por causa da aliança que fez com o PSDB do governador Aécio Neves. Por isso não foi convidado para o encontro da corrente que ele próprio integra --embora o prefeito estivesse em Paris, em evento oficial ao lado de Aécio.
Apesar do ambiente desfavorável a Pimentel, Patrus e Dulci pregaram paz no PT-MG no rumo a 2010, o que implica não haver punição ao prefeito.
"A gente deveria passar uma borracha sobre isso. Assim como acho que não deve haver processo contra o prefeito, também não devemos mexer na ferida com relação aos companheiros que apoiaram a candidatura da Jô Moraes [PC do B]", disse Patrus.
Embora as lideranças do PT tenham defendido a não-punição a Pimentel, o presidente nacional do PT, deputado federal Ricardo Berzoini (SP), disse que o prefeito terá que dar explicações se quiser concorrer à indicação para ser candidato ao governo de Minas.
Dulci também fez declarações pela unidade interna e pelo direito de Pimentel concorrer, sem deixar de lembrar, sempre indiretamente, dos erros cometidos por ele. "Acredito que, em 2010, se todas as lideranças respeitarem a democracia interna do PT, nós podemos trabalhar juntos. Aposto na unidade do PT", afirmou.
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