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Internacional
Sábado - 08 de Novembro de 2008 às 16:35

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O número de mortos no desabamento de uma escola no Haiti aumentou para ao menos 75 e as autoridades locais alertam que o número pode ser ainda maior. O desabamento aconteceu em uma escola evangélica de três andares, quando cerca de 700 alunos estavam no estabelecimento.

Segundo as agências internacionais, as equipes de resgate encontraram 17 mortos em uma única sala, a maioria crianças. As equipes trabalharam a noite inteira com a ajuda de um gerador de energia elétrica que manteve o local do desabamento, no bairro de Pétion-ville, na periferia da capital Porto Príncipe, iluminado.

O presidente Rene Preval, que esteve no local do acidente na manhã deste sábado, disse que as equipes de resgate colocaram biscoitos e água pelos buracos nos escombros para um grupo de crianças ainda vivas e focaram seus esforços em resgatá-las.

"Na última noite nós tínhamos certeza que haviam sete crianças vivas. Nós conseguimos salvar uma delas, mas perdemos contato com as outras seis", disse Preval.

"Há a hipótese de que eles estejam dormindo", disse Preval aos repórteres, quando chegou um dos responsáveis pelo resgate para dizer que haviam encontrado a sala com 17 vítimas.

Segundo as autoridades, ao menos 124 pessoas ficaram feridas. "É como um terremoto", disse o major general Carlos dos Santos Cruz, brasileiro que comanda as tropas da ONU no país.

"Não são apenas escolas, são onde as pessoas vivem, são igrejas", disse o presidente, ressaltando que outros prédios estão sob risco de desabamento por terem sido mal construídos e pela falta de supervisão do governo.

O prédio da escola --que tinha alunos com idades entre três e 20 anos e era dirigida por um padre-- estava em obras para a construção de um terceiro andar, o que pode ter causado o acidente. De acordo com uma mãe que foi ao local à procura do filho, o desabamento começou pelo andar térreo e 'arrastou todo o prédio, no momento em que os alunos estavam em aula'.

Segundo a funcionária da Defesa Civil haitiana, Nadia Lochard, várias equipes da polícia haitiana e da ONU trabalharam a noite toda para tentar resgatar pessoas que continuavam presas sob os escombros --que eram retirados com auxílio de um helicóptero da ONU.

Uma equipe de bombeiros franceses chegou durante a madrugada para ajudar na busca por sobreviventes, e socorristas americanos e canadenses são esperados em Porto Príncipe.

Lochard disse também que duas crianças de sete anos --um menino e uma menina-- foram salvas e um deles foi operado com sucesso. 'Há sinais de que várias crianças permanecem com vida e estamos tentando salvá-las', acrescentou.

A presidente da Cruz Vermelha haitiana, Michaele Gedeon, revelou que os socorristas conseguem ouvir várias crianças chorando sob os escombros, dizendo 'este morreu, outro morreu'.

Os feridos em estado grave foram levados em ambulâncias da Cruz Vermelha, da ONG Médicos sem Fronteiras e da Missão da ONU no Haiti (Minustah) para os hospitais mais próximos. O presidente haitiano, Rene Preval, e a primeira-ministra, Michele Pierre-Louis, foram ao local para acompanhar os trabalhos de resgate. Além da escola, cinco casas vizinhas ao prédio foram atingidas e caíram parcialmente.

Com agências internacionais





Fonte: Folha Online

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