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Nacional
Quinta - 06 de Novembro de 2008 às 17:48

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O Diretório Nacional do PT se reúne amanhã e sábado em Brasília para analisar os resultados das urnas, sem tratar de temas polêmicos, já que o partido deve definir se vai ou não haver eleição para a escolha do novo comando da legenda em 2009. Setores do partido são contrários à convocação de eleições no final do próximo ano, outros favoráveis.

Desde já alguns nomes são lançados. Por enquanto são cogitados para disputar a presidência da legenda o chefe-de-gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, que representa a maior corrente interna, que é a Construindo um Novo Brasil; Valter Pomar, da linha Articulação de Esquerda, e Jilmar Tatto, da ala Lutas e Massas, além do atual secretário-geral do PT, José Eduardo Cardozo.

Internamente, os petistas não definiram quais serão os nomes formalizados, mas a tendência é que todas as correntes do partido lancem candidatos para a disputa.

Em dezembro de 2007, Pomar e Tatto concorreram e perderam a eleição para Ricardo Berzoini (SP). Na época, cerca de 918 mil filiados se inscreveram para votar nos dois turnos.

O candidato eleito para substituir Berzoini terá de conduzir as campanhas para presidente da República e governador. Será a primeira vez em que Lula não concorrerá nas eleições. Apesar da dificuldade de enfrentar uma eleição sem Lula, o PT está determinado a ampliar os quadros de governadores, senadores e deputados federais e estaduais em todo o país.

Feridas

Na reunião, o diretório está determinado a não tocar nas feridas ou falhas que levaram a derrotas expressivas, como as eleições em São Paulo e Porto Alegre, além da perda de espaços no Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Salvador. A idéia é deixar a espécie de mea-culpa para uma segunda etapa de discussões.

Nos dois dias de reuniões, os petistas irão avaliar os resultados das eleições municipais. Como os demais partidos aliados e também de oposição, o PT quer aproveitar os resultados das urnas municipais para definir estratégias para 2010. Para evitar que as divisões internas sejam acirradas, os petistas não querem expor os erros cometidos nas campanhas deste ano.

A Folha Online apurou que, durante as conversas, a idéia é ressaltar os acertos, minimizar as falhas e curar as feridas, segundo interlocutores do comando do partido. A tendência é repetir o que ocorreu durante a reunião da Executiva Nacional do PT, na última segunda-feira, quando foram apreciados percentuais relativos ao resultado eleitoral por meio de um mapeamento de dados.

Na ocasião, Berzoini ressaltou o aumento de 35% do número de petistas ocupando prefeituras, das quais 40% têm mais de 150 mil habitantes e ainda a elevação em 13% da quantidade de vereadores eleitos. Outra decisão é destacar que o PT foi o partido que mais reelegeu prefeitos no país.

Derrotas expressivas, como as Prefeituras de São Paulo, em que Marta Suplicy foi vencida por Gilberto Kassab (DEM); de Porto Alegre (RS), onde Maria do Rosário foi derrotada por José Fogaça (PMDB); e de Salvador (BA), onde Walter Pinheiro perdeu para João Henrique (PMDB), serão tratadas de forma rápida, sem detalhes, segundo alguns petistas.

Se houver insistência em torno da discussão sobre a eleição de São Paulo, o caso será tratado como a questão da polarização de forças, tendo de um lado PSDB e DEM, contra o PT, apontado como centro-esquerda.





Fonte: Folha Online

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