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Cidades/Geral
Segunda - 03 de Novembro de 2008 às 16:43

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A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) recomenda a cada pessoa que consuma, no mínimo, 200 kg de lácteos por ano. Na região sudeste do Brasil, esse número chega a 110 kg por pessoa, porém, em Mato Grosso, estima-se que o consumo atinja apenas 80 kg.

Em contrapartida, o estado fechou a safra 2008 com a produção de 1,650 milhão de litros de leite por dia, dos quais 70% são transformados em queijos, 20% em leite fluído e os 10% restantes leite em pó. Números que contrapõem o consumo que ainda é baixo se comparado à média do país.

Para o superintendente do Instituto de Pesquisa do Leite, Eldor Sontag, o pouco consumo de derivados do leite em Mato Grosso é uma questão cultural e leva o estado a exportar 70% da sua produção total para a região sudeste do país. “Em Minas Gerais, por exemplo, o maior produtor de leite do Brasil, as pessoas têm hábito e costume inclusive na culinária local de utilizar o leite e seus derivados.

Já em Mato Grosso, por diversos fatores, esse consumo é baixo, uma vez que, em cidades do interior onde há pouca infra-estrutura, falta leite nos mercados e padarias”, argumenta Sontag, que também é diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Lacticínios de Mato Grosso (Sindilat).

Com objetivo de mudar esse cenário, fortalecendo a produção e o consumo de derivados do leite, além de fomentar a agricultura familiar - que será a maior beneficiada com o projeto de expansão do leite - o governo do Estado, por meio da Seder, Empaer e MT Regional, criou o Programa Mato-grossense de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite. O programa será lançado no dia 11 de dezembro, durante a abertura do I Encontro Empresarial da Cadeia Produtiva do Leite em Mato Grosso, no Centro de Exposições Senador Jonas Pinheiro (Acrimat). O programa atenderá a demanda de todos os 15 consórcios intermunicipais do estado, que desenvolvem em suas regiões a cadeia setorial.

Para o coordenador da cadeia produtiva do leite do MT Regional, médico veterinário Carlos Guilherme Dorileo, o programa estadual irá atender toda a cadeia, desde a produção, industrialização e consumo. “Trabalharemos dentro desse programa de estado sob três pilares bem definidos, a produção primária (aumento da produtividade), aumento da qualidade do leite e melhoramento genético dos animais. Já avançamos muito e temos animais, hoje, que produzem de quatro a cinco litros por dia. Mas, nosso objetivo é fazer de Mato Grosso o maior produtor de leite do país”, disse Dorileo.





Fonte: TVCA

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