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Politica Brasil
Segunda - 27 de Outubro de 2008 às 08:49

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"2010 começa hoje." É assim, indo direto ao ponto e assumindo a estratégia abertamente, que o presidente de honra do DEM, Jorge Bornhausen (SC), entende o resultado geral das urnas. Reforçados pela vitória do prefeito Gilberto Kassab em São Paulo, que o PSDB do governador José Serra também toma como sua, tucanos e DEM começam a construção conjunta do palanque da sucessão presidencial. Junto ao PPS, que se consolidou na parceria, PSDB e DEM passam a operar com um objetivo estratégico: atrair o PMDB.

"A conquista do PMDB é a tarefa política do Brasil nos próximos dois anos", afirma o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), ao ressaltar que essa legenda "é fundamental por sua relevância parlamentar e pelo seu tamanho eleitoral". Bem-sucedido na administração da aliança paulistana e suas crises, o triunvirato composto por Serra, Bornhausen e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso participará da linha de frente da operação.

O comando, porém, será entregue a Guerra e Kassab, esse na condição de presidente do conselho político do DEM. Na montagem inicial da aliança PSDB-DEM-PPS, Kassab foi coadjuvante. Mas o reforço da dupla vitória - contra dissidentes tucanos e contra o PT - e o estatuto do partido, que confere a tarefa de conduzir o processo eleitoral de 2010 ao presidente do conselho político, não à Executiva Nacional, garantem ao prefeito lugar de destaque na negociação.

Líderes do PSDB advertem, contudo, que essa montagem terá de incluir outro personagem: o governador de Minas, Aécio Neves, cuja candidatura a presidente nenhum tucano ousa descartar a dois anos da eleição. É fato que a aliança local de Serra com o DEM, depois da luta interna do PSDB, mostrou-se mais sólida e consistente do que a aliança geral montada por Aécio em Belo Horizonte.

A parceria mineira, que colocou PT e PSDB como alicerces de uma candidatura do PSB, mostrou pouca solidez e o resultado também não foi o esperado porque o governador não rachou o PT mineiro, como gostaria. Ainda assim, o tucanato adverte que a questão está muito longe de ser resolvida no PSDB: o que saiu das urnas foi um PMDB mais forte, embora sempre dividido, e um DEM menor.





Fonte: AE

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