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Politica Brasil
Segunda - 27 de Outubro de 2008 às 07:16
Por: Edilson Almeida

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Algumas horas depois de encerrada a votação, o prefeito Wilson Santos recebia os cumprimentos de amigos, correligionários, servidores de campanha, etc, pela vitória contra Mauro Mendes, do Partido da República. Fim da campanha “dura e suja” como ele próprio definiu. Com 175 mil votos, Santos venceu a eleição com relativa sobra e ganhou mais que o direito continuar prefeito de Cuiabá: o “galinho” agora inicia sua caminhada rumo ao Palácio Paiaguás. Deve, com toda a certeza, disputar a eleição de 2010. De agora pelos próximos dois anos, pavimentará o melhor caminho para atingir o seu objetivo primordial.

Vida de política, em verdade, não para: termina uma eleição, e todo o pensamento já está lá na frente. Santos não é diferente. Ele planejou a própria carreira política de forma minuciosa. Seguidor convicto do ex-governador Dante de Oliveira, o prefeito reeleito praticamente caminha nos mesmos passos do líder já falecido: vereador, deputado estadual e deputado federal, além de prefeito duas vezes, com passagens pelas secretarias Municipais e de Estado. Com a vitória deste domingo se transforma no maior nome da oposição do momento.

Santos é neste momento o nome mais viável para rivalizar contra o grupo que está no poder, liderado pelo governador Blairo Maggi. Estranhamente, de quem é amigo pessoal e de longa data. Maggi deixará o Governo, devendo se candidatar a uma cadeira ao Senado Federal. Em que pese os laços autênticos, não existe a possibilidade de um “acórdão”. Dentro do grupo de Maggi, já há um nome lançado e já trabalhando o projeto eleitoral: é o economista Luís Antônio Pagot, diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura Terrestre (DNIT).

A reeleição de Wilson se tornou mais importante especialmente se se levar em consideração que o outro nome forte na disputa de 2010, o do senador Jayme Campos (DEM), acabou em profunda desgraça política depois da derrota do irmão, o ex-governador e ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Júlio Campos, numa disputa tosca contra Murilo Domingos, em Várzea Grande, berço eleitoral da família. Como candidato ao Governo, Jayme ainda sofreu derrotas emblemáticas em outros colégios eleitorais, como em Jangada, que era administrada por outro irmão; e em Cáceres, onde apoiou Túlio Fontes.

A rigor, a par da força dos Democratas no Estado, que agora tem 23 prefeitos, Campos foi o político que sai mais desgastado do pleito eleitoral. Mais até que o deputado federal Carlos Bezerra (PMDB), que consegui u saltar de nove para 21 prefeituras, entre as quais, a de Rondonópolis, uma das mais importantes do Estado – que vinha sendo administrada por Adilton Sachetti, empresário rural ligado ao governador Blairo Maggi.

O próprio Maggi sai chamuscado do processo eleitoral finalizado às 18h42 deste domingo com a apuração dos votos em Cuiabá. O governador “jogou pesado” na eleição de Rondonópolis, para manter Sachetti na Prefeitura, e, depois, envidou todos os esforços para fazer prefeito de Cuiabá o empresário Mauro Mendes, seu amigo pessoal. Em contra-partida, a dupla Maggi-Pagot conquistou a Prefeitura de Várzea Grande, segundo maior colégio eleitoral do Estado.

Mesmo com a clareza do projeto político, é quase certo que Wilson Santos ainda deverá dar “voltas e mais voltas” para assumir a condição de pré-candidato ao Governo em 2010. O que é bem típico do prefeito. Basta lembrar que ele próprio chegou a colocar em dúvida a recandidatura a prefeito – fundamental no projeto político – funcionando quase que como uma estratégia de marketing político. “2010 só se discute em 2010. Vou cumprir meu mandato até 2012” – frisou. A certeza de que Santos disputará o Governo é tamanha que ele escolheu para a vice um deputado estadual, Chico Galindo (PTB), que deverá renunciar a condição de parlamentar para esperar a hora de assumir o Palácio Alencastro.





Fonte: 24 Horas News

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