Vice Silval agora tenta reaproximação com Pátio

De olho em futuras parcerias e em nome da governabilidade, os peemedebistas Silval Barbosa e Zé do Pátio tentam reaproximação, mas o obstáculo continua sendo o governador Blairo Maggi, principal estrela do PR. Por lealdade ao rei da soja, o vice-governador não apoiou Pátio, que venceu as eleições em Rondonópolis, num embate duro contra o prefeito republicano Adilton Sachetti, que teve todo respaldo do Palácio Paiaguás.

Para evitar tanto desgaste e a pecha de infiel partidário, Silval alegou que também não teve apoio de Pátio em 2006, quando foi eleito vice-governador. Agora, dentro de um pré-acordo com Maggi, o peemedebista vive expectativa de comandar o Estado por um ano, a partir de janeiro de 2010. A intenção do hoje governador é renunciar ao posto 12 meses antes para se dedicar às atividades empresariais e, em seguida, encarar nova disputa eleitoral, desta vez para senador. Esse acordo só tende a ser desfeito se, por acaso, os mandatos eletivos se prolongarem para 2012, dentro da proposta já em debate no Congresso Nacional de unificação das eleições.

Sem alarde, Silval tem mantido conversações com o prefeito eleito de Rondonópolis, mesmo sob acusação de traidor. No fundo, o vice-governador sonha em ampliar sua base eleitoral na região Sul do Estado porque deve ser o nome do PMDB a ser lançado à disputa do Palácio Paiaguás, em 2010. Pátio, por sua vez, pretende adotar o estilo "paz e amor" e deixar as rusgas políticas de lado, afinal, precisa de coalisão de forças e base partidária para administrar o terceiro maior município mato-grossense.