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Politica Brasil
Quinta - 16 de Outubro de 2008 às 13:30

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O presidente nacional do DEM, Rodrigo Maia (RJ), evitou nesta quinta-feira comemorar antecipadamente a vitória de Gilberto Kassab (DEM) na disputa à Prefeitura de São Paulo com uma eventual derrota da candidata do PT, Marta Suplicy. No esforço de manter a disputa política distante do campo pessoal, o democrata evitou responder às insinuações de Marta à orientação sexual de Kassab, que tenta a reeleição, mas criticou a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha da petista.

"O presidente Lula tem o direito de fazer o que achar melhor. Se eu tivesse no lugar dele, estaria discutindo a recessão, não gastaria meu tempo com campanha eleitoral. Ele já gravou mensagens para a campanha da Marta na TV, mas onde ele põe a mão, perde", afirmou o presidente do DEM.

Maia disse não acreditar que a propaganda política colocada no ar pela equipe de Marta contra Kassab tenha provocado um impacto --positivo ou negativo-- na campanha do prefeito. Na opinião do democrata, os marqueteiros de Marta decidiram partir para o "tudo ou nada" ao perceberem que Kassab lidera com folga as pesquisas de intenções de voto.

"Eles [os aliados de Marta] foram para uma estratégia. Mas cada um tem o direito de agir como quiser. Acho que o Kassab, nas pesquisas, tem muito mais indicadores positivos. Mas eleição se ganha no dia 26 [quando ocorre o segundo turno]. Ele vai para os debates antes do segundo turno discutir propostas com a mesma seriedade", afirmou Maia.

O presidente do DEM disse que a "história vai dizer" se a campanha de Marta errou ao veicular a propaganda com insinuações contra Kassab. Seguindo as orientações definidas pela cúpula do partido, Maia não quis responder às insinuações da petista. No entanto, não conseguiu esconder sua ira pela reação da ex-ministra.

"Por ela [Marta] ser mulher, eu prefiro não dar resposta alguma a ela a respeito [dessa propaganda]. Mas isso vai ficar para a história como um dos piores comerciais da televisão brasileira", disse Maia, em tom de ironia.

Reeleição

Em uma comparação com o governador José Serra (PSDB), que deixou a prefeitura para disputar as eleições majoritárias, Maia afirmou que, se Kassab for reeleito no segundo turno, não vai abandonar o cargo antes do fim do mandato para disputar cargos nas eleições majoritárias --como o governo de São Paulo.

"O prefeito Kassab, se eleito, será prefeito nos próximos quatro anos. O Kassab é muito mais novo que o Serra [governador de SP]. Agora, ele efetivamente será prefeito, os votos são dele. É diferente os votos serem dele do que herdar a prefeitura", disse o deputado ao comentar o fato de Kassab ter assumido a prefeitura como vice de Serra, depois que o tucano assumiu o governo de SP.

Como os comandos nacionais do PSDB e PT, Maia disse que a eleição em São Paulo é emblemática e a possível vitória de Kassab importante para o futuro do partido. "O prefeito Kassab vai nos ajudar a conduzir o futuro do partido. É importante governar São Paulo. Mas primeiro temos que ganhar as eleições."





Fonte: Folha Online

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