Setor pesqueiro brasileiro deve se desenvolver nos próximos anos, afirma ministro
Segundo ele, a implementação dos planos do governo para a área, incluindo a instituição do Ministério da Pesca, cujo projeto está em tramitação no Congresso Nacional, ajudará no desenvolvimento do setor. O evento foi organizado para celebrar a Semana Mundial da Alimentação.
Gregolin citou estimativa da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) que prevê o aumento do consumo mundial de pescados, que deverá passar das atuais 125 milhões de toneladas ao ano para 225 milhões de toneladas em 2030. Para o ministro, essa é uma amostra do quanto é possível explorar a área da pesca em termos econômicos e sociais.
Ele também destacou o crescimento do mercado interno, com aumento anual de 15% nas vendas de pescados nos supermercados.
"Essa indústria está ressurgindo depois de ter passado 40 anos sem a continuidade de políticas para o seu desenvolvimento", afirmou.
O presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea), Renato Maluf, afirmou que o órgão mantém mais de 200 ações no país em torno da segurança alimentar. Para Maluf, o fato de os preços dos alimentos terem deixado de subir não significa que não vá haver redução da demanda com a crise mundial, mas acredita em equilíbrio no mercado interno, a partir de um monitoramento que deve ser feito pelo governo.
Ele sugeriu que o país, que está na presidência protempore do Mercosul, estimule o estabelecimento de programas na área alimentar pelos demais países do bloco, levando em conta que há muita pobreza entre as populações das nações vizinhas.
O representante da FAO no Brasil, José Tubino, afirmou que 1 bilhão de pessoas estão em situação alimentar crítica em todo o mundo. Ele culpa a crise do materialismo de consumo e a própria sociedade que, segundo ele, não vem priorizando as necessidades básicas da população. A situação do Haiti, para Tubino, mostra bem a situação crítica por que estão passando muitas populações em diversas partes do mundo. Ele sugeriu que o Consea promova a criação de uma comissão internacional para discutir a crise mundial na área de alimentos.
O ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, afirmou que, apesar dos programas sociais que o governo vem desenvolvendo, a desigualdade e a pobreza ainda são muito altas no país. Mas lembrou que dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram a redução da desnutrição no Nordeste em 70%, entre 1996 e 2006. Por esse motivo, ele afirma, é preciso continuar com as políticas sociais para se atingir "o bem estar social coletivo abrangente, sólido e sustentado".
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