Bovespa opera em alta de 3,01% e dólar marca R$ 2,07

O ânimo dos investidores com os pacotes de resgate financeiro anunciados na Europa e nos EUA ainda impulsiona as Bolsas de Valores nesta terça-feira. A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) acumula o seu segundo dia de valorização, após a alta histórica de ontem, enquanto o câmbio marca R$ 2,07.

O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, avança 3,01% e marca 42.058 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,90 bilhões.

O dólar comercial é cotado a R$ 2,072 na venda, em declínio de 3,40%. A taxa de risco-país marca 439 pontos, número 14,75% abaixo da pontuação anterior.

O Banco Central já promoveu hoje dois leilões no mercado de câmbio: o primeiro, ao meio-dia, com venda de dólares das reservas, o segundo, às 12h45, de contratos de "swap" cambial. Esse leilão equivale a uma venda de dólares, mas no mercado futuro.

As Bolsas européias concluíram os negócios de hoje sem mostrar o mesmo 'entusiasmo' visto pela manhã, quando os maiores mercados do continente avançaram mais de 5%. Em Londres, o índice FTSE subiu 3,22%; em Frankfurt, o índice Dax avançou 2,74%. Nos EUA, a Bolsa de Nova York tem ganho modesto de 0,17%.

O governo americano anunciou hoje que vai usar US$ 250 bilhões, do pacote de US$ 700 bilhões, para adquirir ações de grandes instituições financeiras avariadas pelos problemáticos créditos hipotecários. O presidente George W. Bush afirmou que o novo capital a ser injetado nessas empresas 'vai ajudar a que os bancos façam empréstimos a empresas e pessoas e a compensar as perdas ocorridas durante a crise financeira'.

Embora analistas avaliem que o pacote ajude efetivamente o sistema financeiro, com injeções maciças de capital, o lado da "economia real" (setor produtivo e consumo) continua a ser fonte de preocupação. Nos EUA, a General Motors anunciou o fechamento de duas fábricas nos EUA. enquanto a Ford Motors deve demitir 500 funcionários. Na Europa, o Banco da França admitiu que o país já está em recessão, após dois trimestres de crescimento negativo do PIB (a soma das riquezas produzidas).