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Economia
Quinta - 09 de Outubro de 2008 às 09:06

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O governador Blairo Maggi (PR) disse que não acredita para 2009 que a economia de Mato Grosso sofra percalços em relação a crise vivida pelo sistema financeiro internacional que já está enxugando os créditos aos bancos. "A safra agrícola em Mato Grosso é custeada em 30% pelos financiamentos do Banco do Brasil; 40% com recursos das tradings (recursos captados no exterior em dólar) e entre 10% e 15% pelos bancos internacionais diretamente com produtores", conta. "Se a crise tivesse explodido até o início de maio deste ano a situação poderia ser muito pior, mas como veio agora e a safra já está plantada, então em 2009 não vejo problemas, mas é preciso que essa situação não se perdure e o dólar (moeda americana) recue, pois com a retirada da mesma do mercado nacional para tapar os furos da economia mundial, a sua escassez eleva sua cotação local", disse.

Para ele, as negociação de dólar para dólar e de dólar para real não sofrerão muito, já àquelas de real para dólar terão um custo maior, que é o caso de quem importa produtos estrangeiros para vender no mercado brasileiro. "Acredito que 15% do setor agrícola de Mato Grosso deverá encontrar dificuldades por causa da instabilidade da moeda americana, mas nem todos estarão inviabilizados. A minha preocupação se resume na safra a ser plantada em 2009 para ser colhida em 2010 e a de 2010 para 2011", explicou.

O secretário de Fazenda, Éder Moraes, disse acreditar na capacidade do mercado interno em consumir parte da produção brasileira que não mais será negociada em mercados externos. "Isso pode ser bom para a população, já que poderá haver uma redução nos preços internos, mas a cautela é essencial para se sobrepor os problemas", disse Éder Moraes.

Blairo Maggi, que foi convocado para o Conselho da República pelo presidente Lula, disse que o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles e os técnicos apresentaram os números e os sólidos fundamentos da economia nacional, bem como do sistema bancário que não corre riscos. "Assim que acabar o terremoto e o Brasil passar pela crise incólume, a nação estará pronta para estar entre os países do G-8, composto pelos países mais ricos do mundo", disse Maggi elogiando a capacidade de Henrique Meirelles e do ministro Guido Mantega neste novo momento que passa o país.





Fonte: A Gazeta

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