Pai coruja, Kaká se diz mais maduro para jogar na seleção brasileira

Rendimento do time canarinho na Era Dunga é melhor com o meia do Milan em campo

Longe da seleção desde novembro do ano passado, quando a seleção brasileira venceu o Uruguai por 2 a 1 no Morumbi, Kaká não demorou muito para perceber como foi longa a sua ausência.

- Na última vez que estive aqui nem era pai. Estou dormindo menos agora (risos).

Na última temporada européia, Kaká passou a enfrentar muitos problemas físicos. E ficou fora dos últimos oito jogos da seleção brasileira. Aliado a isso, o meia curtiu a gravidez da esposa Caroline e o nascimento do filho Luca, que nasceu no último dia 10 de junho.

– A diferença das minhas outras passagens pela Seleção é que agora eu sou pai, estou mais maduro. Estava ansioso para voltar, estou muito satisfeito e pronto para jogar – disse o meia.

Kaká admitiu que o nascimento de Luca mudou a sua rotina. Ele está ainda mais caseiro e é um "pai coruja".

- É muito mais difícil para a minha esposa, que precisa acordar de madrugada. Mas sempre que precisa eu também acordo para ajudar. Todo tempo que tenho livre agora fico com ele brincando.

Saudades da seleção

Kaká voltou a jogar pelo Milan no final de julho. Participou dos últimos cinco jogos do Campeonato Italiano e fez um gol. Agora garante estar 100%. E a seleção parece precisar do jogador, eleito pela Fifa o melhor do mundo em 2007. O rendimento da equipe na Era Dunga é melhor com o meia em campo. Com Kaká, foram 15 partidas, dez vitórias e só uma derrota (0 a 2 para Portugal). Sem ele, a seleção teve quatro derrotas, considerando o tropeço para a Argentina nas Olimpíadas de Pequim. Na Era Dunga, o meia ficou fora de 17 jogos com a equipe principal.

- Estava com saudades da seleção. É difícil explicar a dor de ver o seu nome na lista e não poder ir - disse Kaká, que teve um mal-estar com a comissão técnica por causa de uma operação no joelho esquerdo antes dos jogos contra o Paraguai e a Argentina pelas eliminatórias e a ausência nas Olimpíadas de Pequim.

E no domingo, dia 12 de outubro, a vitória sobre a Venezuela não seria um presente apenas para a torcida brasileira. Afinal, é o primeiro "Dia das Crianças" de Luca.

- É um dia especial. Prometo que vou jogar com muita garra e dedicação.