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Internacional
Sábado - 20 de Setembro de 2008 às 17:08

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A explosão de um carro-bomba no hotel Marriott em Islamabad (capital do Paquistão) neste sábado deixou ao menos 40 mortos e outros 100 feridos, segundo fontes oficiais.

"Um carro carregado de explosivos arrombou o portão do Marriott e, até agora, tiramos 40 corpos de lá, mas o número pode ser maior", disse à agência de notícias Reuters o chefe da polícia local, Asghar Raza Gardazi.

"Isso é terrorismo e temos de combatê-lo como uma nação", disse à agência de notícias Associated Press (AP) o ministro do Interior, Rehman Malik, em frente a um hospital que recebia uma série de feridos. Ainda não havia informações sobre a autoria do atentado.

No hotel, um estabelecimento muito freqüentado por estrangeiros, há vários quartos em chamas por causa do ataque, que pôde ser ouvido a quilômetros de distância. A explosão causou um vazamento de gás natural que provocou um incêndio no hotel, segundo a rede americana de TV CNN. Fontes da polícia disseram que o carro-bomba teria explodido por volta das 11h (em Brasília).

A polícia tentava afastar curiosos e repórteres das proximidades do local onde ocorreu o atentado, devido a temores de novas acidentes com o vazamento e com o temor de que o principal edifício do hotel pudesse ruir.

O novo presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, e o primeiro-ministro, Yousuf Raza Gilani, condenaram o atentado. A agência AP chegou a informar que o atentado teria sido causado por um caminhão-bomba. Na hora do atentado, o restaurante do hotel estaria cheio, segundo a AP.

Um funcionário do Departamento de Estado dos EUA, caminhando com dificuldade, teria ajudado três outras pessoas a saírem dos escombros --um deles gravemente ferido na cabeça. Um dos quatro, que se identificou como Tony, disse que ele e amigos estariam indo para o restaurante chinês, nos fundos do hotel, quando ouviram uma primeira explosão, e foram atingidos por uma segunda logo depois, que os atirou ao chão.

"Então vimos um grande caminhão passando pelos portões. Depois disso, foi só fumaça e escuridão", disse.

Ambulâncias se dirigiam ao local, tentando encontrar passagem em meio aos destroços de automóveis em chamas. Janelas de edificações a centenas de metros de distância foram atingidas por estilhaços.

O funcionário do hotel Mohammad Sultan disse que estava no lobby quando houve a explosão; ele disse que caiu e perdeu temporariamente os sentidos. 'Não entendi o que havia acontecido, mas parecia que o mundo tinha acabado', disse à AP.

Membros de equipes de resgate tentavam retirar pessoas de dentro dos carros atingidos pela força da explosão --que também arrancou árvores próximas ao hotel.

O atentado ocorreu poucas horas depois de o novo presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, comparecer pela primeira vez ao Congresso, onde se pronunciou contra o terrorismo.

Zardari foi eleito presidente no último dia 6 por uma maioria superior a dois terços dos legisladores, pondo fim a um mandato de quase nove anos de Pervez Musharraf, que renunciou em meados de agosto.

Comboio

Uma fonte oficial citada pela rede de TV privada Dawn informou que ao menos dez pessoas morreram hoje em um ataque suicida perpetrado contra um comboio com aproximadamente 40 veículos das forças de segurança no noroeste paquistanês, segundo a agência de notícias Efe.

O comboio se dirigia para Miranshah, na região tribal do Waziristão do norte, segundo a rede de TV.

Atentados contra as forças de segurança são freqüentes na região e no cinturão tribal limítrofe com o Afeganistão, um território que nunca esteve sob completo domínio do Estado.

O Exército desenvolve operações contra a insurgência no vale do Swat, no norte, e na demarcação tribal de Bajaur, que desde o início de agosto custaram a vida de centenas de fundamentalistas, segundo fontes militares.





Fonte: Folha Online

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