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Economia
Sábado - 30 de Agosto de 2008 às 13:27
Por: Cirlene Lopes

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Dos tempos difíceis trabalhando como feirante, onde o dinheiro não conseguia suprir as necessidades da família, para um tempo de fartura na despensa e que sobra até recursos para novos investimentos. Essa é a realidade de dona Ana Maria Rocha e seu marido Nelson Gonçalves. Aos 49 anos ela sorri ao falar sobre a atividade que desenvolve como dona de um aviário em Nova Marilândia (261 km a Médio-Norte de Cuiabá). Ela é apenas um dos exemplos que mostra a transformação ocorrida na vida das famílias da região Médio-Norte com o desenvolvimento da avicultura.“A maior riqueza é ver os filhos da gente com a barriga cheia”, comentou dona Ana.

“O que vemos aqui nessa região mostra como é possível transformar uma sociedade, sair do zero, da desesperança e melhorar a vida das pessoas”, disse o governador de Mato Grosso, Blairo Maggi.

Na manhã desta sexta-feira (29.08) o governador Blairo Maggi, o presidente do Banco do Brasil, Antônio Francisco de Lima Neto, o vice-presidente de Operações, Arlindo Napolitano e o diretor da Perdigão Sidney Korchi assinaram protocolo de intenções e termos de convênio que prevêem a liberação de verbas do Fundo Constitucional do Centro Oeste (FCO) para os pequenos produtores na construção de mais aviários e a conclusão das obras do Frigorífico de abate de aves na cidade. São mais de R$ 90 milhões para os aviários e R$ 18 milhões para o frigorífico.

Os termos assinados tratam ainda do investimento no setor energético. Durante a solenidade foi anunciado recursos na ordem de R$ 20 milhões de reais para mais duas subestações da Rede Cemat e mais linhas de transmissão. Tudo isso para atender o aumento na demanda de energia com a vinda de indústrias e o crescimento da região. De acordo com o vice-presidente de Operações da RedeCemat, Arlindo Napolitano, com os novos investimentos no sistema de energia elétrica,a região fica pronta para receber novos investimentos industriais.

Para o governador, a mudança econômica na região Médio- Norte é a somatória de esforços, do Governo Federal ( com o Banco do Brasil), da iniciativa privada, no caso a Rede Cemat e a Perdigão e do Governo do Estado que tem desenvolvido uma política de atrativo de investimentos.

A Perdigão tem 74 anos de fundação e há três se instalou em Mato Grosso. A empresa recebe incentivos do Governo do Estado pelo Programa de Incentivo a Empreendimentos Industriais e Comerciais (Prodeic). Primeiro construiu um frigorífico de aves em Nova Mutum, na região Norte e, desde o início, já comercializava os frangos criados em Nova Marilândia. Desde o ano passado decidiu instalar o segundo frigorífico no Estado, dessa vez em Nova Marilândia. Os pequenos produtores locais comemoram a iniciativa, que proporcionará melhores resultados para os criadores. Para eles a vinda da Perdigão vai significar o fortalecimento da avicultura e crescimento para os municípios localizados nessa região. “Isso vai mudar tudo, quando cheguei aqui (alguns anos atrás) davam uma casa para gente morar em troca de pagar água e luz, hoje um aluguel aqui custa R$ 500,00. O meu aviário, se eu abrir a boca, vendo por R$ 150 mil”, afirmou empolgado um dos pequenos avicultores.

O prefeito de Nova Marilândia, José Aparecido dos Santos (Cidinho), que também é o atual presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios e gestor do Programa MT Regional, explica que a abrangência do investimento econômico é superior aos cálculos numéricos. Cidinho diz que além dos empregos gerados a vinda da indústria desenvolve a produção de grãos e até ajuda na recuperação ambiental das áreas degradadas pelo garimpo. “É um levantar da economia na região. Nova Marilândia já vinha desenvolvendo a atividade com a criação de frangos, mas em escala bem menor e isso contribuiu para a escolha do município pelo Grupo perdigão”, comentou.

VERTICALIZAÇÃO INDUSTRIAL – O governador Blairo Maggi lembrou em discurso que ver o desenvolvimento dessa região é a realização de um sonho e é o resultado do esforço do Governo do Estado em agroindustrializar a produção do Estado. Fazer com que o Estado deixe de ser apenas o maior produtor de grãos e deixar que suas riquezas saia daqui como matéria-prima. “ Somos os maiores produtores de grãos, o primeiro de soja, o terceiro maior produtor de arroz. Mas não queremos mais ser aquele que produz a matéria prima e veja a riqueza produzida aqui indo embora gerando riquezas em outros estados”, comentou Maggi.

Ele completou dizendo que Mato Grosso corre atrás desse sonho de ver a sua produção agrícola primária que gera riqueza para o Estado sim mas que essa riqueza hoje concentrada seja distribuída, para milhares de pessoas, gerando novos empregos no comércio, na indústria e outros.





Fonte: Secom-MT

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