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Politica Brasil
Quinta - 28 de Agosto de 2008 às 02:41

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A despeito do discurso feito pelo deputado José Riva, do PP, em defesa da adoção de um discurso de campanha moderado, o governador Blairo Maggi tratou de hipotecar apoio incondicional aos candidatos a prefeitos de sua base aliada nos municípios de Acorizal, Rosário Oeste, Nobres, Dimantino e Nova Mutum, em comícios relâmpagos, carreatas, gravações de programas eleitorais, em reuniões familiares e até em conversas amiúde.

Foi uma espécie de "estradeiro político", pois o governador tratou de mostrar as obras que levou a cada município, os benefícios a posteriori de cada ação governamental e de pedir voto para seus candidatos, numa maratona que começou por volta das 10h de quarta-feira e encerrou agora há pouco. Nos estradeiros convencionais, em princípio, Maggi foi conhecer de perto as dificuldades das principais micro-regiões de Mato Grosso e, numa segunda etapa, levou obras e soluções para problemas históricos.

Em tese, o governador já começou a colher os frutos dos investimentos que seu governo fez na Baixada Cuiabana e no Médio Norte, regiões que foram interligadas por rodovias feitas através de consórcios e por recursos do caixa estadual. Com efeito, o discurso mais enfático foi feito em Rosário Oeste, onde Maggi sustentou que "o progresso não pode mais passar ao lado" do município, assi como as "riquezas e as pessoas".

Em carreata realizada em Rosário, no começo da tarde, Maggi chegou a ser interceptado pelo promotor Leandro Voloscho, que 'atravessou' a comitiva governamental sob alegação de que o chefe do Executivo estadual estaria "infringindo as leis eleitorais e de trânsito". Após intervenções incisivas do presidente regional do PR, Moisés Sachetti, e do ajudante-de-ordem, tenente-coronel Maia, o zeloso promotor liberou a carreata. Mas Maggi não deixou de fazer a sua intervenção em um apelo como cidadão: "promotor, tem que haver um pouco de bom senso".

Em entrevista concedida ao Olhar Direto e em conversas informais, o governador lamentou a atitude do promotor de Rosário e ressaltou que pode estar havendo abuso de autoridade em alguns municípios por parte dos representantes do Ministério Público Eleitoral. E Veloscho também não deixou barato ao "lamentar a vergonha" a continuidade da carreata, que estava na reta final. Em resposta, o ajudante-de-ordem sugeriu que o promotor "lavrasse uma multa".

Também à despeito da instrusão do promotor, Maggi assumiu o compromisso de dar contituidade ao desenvolvimento de Rosário com projetos no setor de agricultura, especialmente na avicultura, e na atração de um frigorífico, e pediu votos para José Álvaro da Silva, do PR.

Contudo, o 'estradeiro político' começou por Acorizal, cidade beneficiada pelo asfaltamento da rodovia MT 040, que liga o Distrito da Guia até Jangada, um "antigo sonho dos eleitores daquele município". Em Acorizal, Maggi também participou de uma carreata organizada pelo candidato Meraldo Sá, do PR, que disputa a reeleição.

Em Nobres, Blairo Maggi adotou um discurso similiar de criar mecanismos de agregação de valores à produção mineral e de interligar o município às demais localidades daquela micro-região. Em dicurso num centro da terceira idade, ele exortou os eleitores e votar em Maria de Lourdes Tavares, a Dona Maria, também do PR. Em Diamantino, enalteceu as qualidade de Juviano Lincoln, do PPS, que será o candidato do grupo. As disputas em Nobres e Diamantino estão acirradas e os candidatos esperam que a presença do governador seja decisiva nessa reta final de campanha.

Já era noite avançada quando o governador encerrou sua maratona política em comício de apoio à candidatura do republicano Joaquim Diogenes Jacobsen, do PR, em Nova Mutum. Maggi enfatizou, em discurso, que o município não pode retroceder porque avançou muito com a administração de Adriano Pivetta, atual prefeito, que apóia Diógnes Jacobsen.





Fonte: Olhar Direto

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