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Economia
Segunda - 25 de Agosto de 2008 às 13:55

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A redução de acidentes não foi a única conseqüência da Lei Seca, que entrou em vigor no dia 20 de junho. A Femsa, dona da marca Bavaria sem álcool, viu o crescimento das vendas de seu produto saltar de 13% em julho deste ano, comparado com o mesmo período de 2007, para 110% nos primeiros 20 dias de agosto.

As empresas querem aproveitar o impulso e lançar novos produtos. A Femsa confirma que a nova lei antecipou um lançamento, o chope Sol com teor alcoólico reduzido.

"Já pensávamos em lançar o produto antes da lei. Esse lançamento provavelmente aconteceria no verão, mas, com o início da Lei Seca, criou-se uma demanda mercado e resolvemos antecipá-lo", afirma Renata Zveibel, gerente de relações institucionais da companhia.

Perguntada se o consumidor do chope passaria pelo teste do bafômetro, a executiva diz que não é possível fazer o cálculo, já que ele depende do tipo físico de cada consumidor.

Segundo a lei, quem tiver a partir 0,1 mg/l de álcool no exame do bafômetro é multado em R$ 957,70 e perde o direito de dirigir por um ano. Se a quantidade registrada for maior que 0,6 g/l, além das punições acima, o motorista pode ser preso.

A Ambev, dona das marcas Brahma, Skol e Antarctica, lançará até final do mês no Rio de Janeiro e em São Paulo o chope da marca Líber. A empresa diz que a lei impulsionou o mercado, mas não foi a maior motivação para o novo o produto. Houve crescimento de 66% nas vendas da marca Líber, cerveja sem álcool da empresa, em julho deste ano comparado com o mesmo mês de 2007.

"O lançamento faz parte da nossa estratégia de colocar mais líquidos no mercado. Apenas nos últimos quatro anos inserimos o Stella Artois e Brahma Black", conta João Paulo Badaró, gerente corporativo de desenvolvimento de novos mercados da indústria de bebidas.

O desafio das empresas agora é fazer com que o mercado destes produtos cresça em termos de representatividade dentro do total de vendas. Estimativas da Femsa apontam que os produtos sem álcool correspondem entre 0,5% e 0,7% do mercado de cervejas. Na Espanha, por exemplo, este segmento já abocanha uma fatia de 6% do total.





Fonte: Redação Terra

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