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Politica Brasil
Quinta - 21 de Agosto de 2008 às 23:06

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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Carlos Ayres Britto, solicitou nesta quinta-feira (21) ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o envio das Forças Armadas para ajudar na segurança do processo eleitoral no Rio de Janeiro.

Falta agora a aprovação do presidente Lula para que as tropas sejam enviadas para o estado. Após a autorização de Lula, caberá ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, fazer o planejamento que determinará quantidade de efetivo e data do envio das tropas.

A discussão sobre o envio de tropas para as eleições no Rio teve início com denúncias de candidatos a prefeito de que suas equipes estavam sendo impedidas de fazer campanha em comunidades dominadas por milícias e traficantes de drogas.

Na última quinta-feira (14), o TSE já havia autorizado o envio de homens das Forças Armadas para o estado. No dia 15, o TSE recebeu ofício do governador do Rio, Sérgio Cabral, em que afirmava considerar importante “todo o apoio na garantia de ir e vir dos eleitores”.

20 áreas sensíveis

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), Roberto Wider, afirmou nesta quinta, em Brasília, que as forças nacionais de segurança deverão atuar em 20 áreas específicas do Rio de Janeiro. Segundo Wider, nessas áreas, que não serão divulgadas, habitam um milhão de pessoas.

Wider disse também que entre as "áreas sensíveis" estão favelas do Rio, além de locais específicos das cidades de Caxias, Nilópolis, São Gonçalo e Nova Iguaçu – todos na região metropolitana da capital fluminense. O presidente do TRE acrescentou que as forças poderão também atuar em Niterói, mas que esta análise será feita em um segundo momento.

Wider afirmou que dentre as 20 áreas sensíveis, há localidades com populações que variam entre 5 mil e 200 mil habitantes, como é o caso da Favela da Rocinha. Ele não teme que haja confronto de homens das Forças Armadas nas áreas críticas. "A principal idéia é inibir a ação das milícias e do narcotráfico. Se houver confronto, será lamentável", afirmou.

Roberto Wider também disse que irá analisar a possibilidade de proibir que os eleitores entrem nas cabines de votação portando telefones celulares. A medida afastaria o uso dos aparelhos como máquinas fotográficas, que poderiam registrar o voto do cidadão.





Fonte: G1

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