Dólar fecha com 3ª queda seguida e se aproxima de R$ 1,60
O dólar caiu pelo terceiro dia consecutivo nesta quinta-feira, refletindo a mudança de comportamento dos investidores estrangeiros em uma sessão com volume mais fraco do que nos últimos dias. A moeda americana terminou o dia a R$ 1,610, em baixa de 0,62%. Com queda de 1,77% na semana, o dólar reduziu a valorização acumulada em agosto para 3%.
Pouco antes do fim dos negócios, a página da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) informava cerca de US$ 1,5 bilhão em operações - menos do que os US$ 2,6 bilhões de quarta e bem abaixo dos US$ 6,5 bilhões de terça-feira.
Para Tarcísio Rodrigues, diretor de câmbio do Banco Paulista, a falta de liquidez favoreceu a baixa.
"A queda do dólar é a falta de volume. E também, como terça e quarta foram feitas grandes movimentações, alguns estão ajustando apenas."
Para ele, a baixa teve pouca influência externa, mesmo com a alta de mais de 3% das commodities segundo o índice Reuters-Jefferies. Nos últimos dias, a valorização das matérias-primas foi tida como um fator importante para a queda do dólar em todo o mundo.
O mercado tem refletido também ajustes no mercado futuro, especialmente por estrangeiros. Esses agentes, que no começo do mês abriram na BM&F uma aposta na alta do dólar no Brasil, têm diminuído a posição comprada em derivativos cambiais desde o fim da semana passada.
As posições construídas pelos estrangeiros na BM&F "devem - aliás, como já estão sendo - ser desmontadas e o preço da moeda americana retornar a R$ 1,60", escreveu Sidnei Nehme, diretor-executivo da NGO Corretora.
O Banco Central fez um leilão de compra de dólares no fim do dia, com taxa de corte de R$ 1,612. Foram aceitas duas das propostas divulgadas, segundo um operador.
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