Preço de carne bovina cai puxado por cortes nobres, avalia Fipe
Não é de agora que este comportamento vem sendo observado. Segundo especialistas, mesmo mostrando reajustes maiores que os cortes de primeira, as carnes de segunda ainda continuam com seus preços menores. Os aumentos se justificam porque com a melhora de vida das pessoas mais pobres, muita gente que não consumia proteínas de origem animal passou a incorporá-las na sua dieta.
Para efeito de comparação, o coxão mole teve seu preço reduzido em 1,13%; o contra filé, em 1,29%; o lagarto, em 1,48%; o filé mignon, em 3,46%; a picanha, em 1,03%; a alcatra, em 0,60% e o patinho em 1,02%. Na contramão das carnes de primeira, o preço do acém subiu 1,71%; o da costela, 0,83%; o do músculo, 2,18%; o da capa de filé, 1,84%; o do braço, 1,96%; o do cupim, 0,56% e o do peito, 1,57%.
Para complicar ainda mais a composição do prato dos mais pobres, as carnes suínas e a de frango deixaram de ser substitutos imediatos das carnes bovinas. Pelo menos é o que se pode depreender da leitura do IPC da Fipe aberto da segunda quadrissemana de agosto. As carnes suínas, em geral, subiram 5,09%. Por cortes, o pernil subiu 4,11%; o lombo com osso, 6,20%; a costela, 4,22% e toucinho, 6,30%.
O preço pago pelo quilo do frango aumentou 6,15%. As poucas opções para a substituição das carnes de boi, porco e frango ficaram por conta dos pescados e dos ovos, que tiveram seus preços reduzidos em 3,90% e 0,08%, respectivamente.
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