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Economia
Quarta - 20 de Agosto de 2008 às 15:08
Por: Francisco Carlos de Assis

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Os preços das carnes bovinas, na média, caíram 0,27% na primeira quadrissemana do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) - período de 30 dias encerrado no dia 15 - ante uma alta de 1,06% na quadrissemana anterior. O curioso deste comportamento, segundo o coordenador do índice, Antônio Evaldo Comune, é a composição deste movimento dos preços das carnes. Os cortes de primeira, mais comuns nas mesas das famílias com maior poder aquisitivo, fecharam a quadrissemana todos em queda, enquanto os de segunda, consumidos pelos mais pobres, fecharam em alta.

Não é de agora que este comportamento vem sendo observado. Segundo especialistas, mesmo mostrando reajustes maiores que os cortes de primeira, as carnes de segunda ainda continuam com seus preços menores. Os aumentos se justificam porque com a melhora de vida das pessoas mais pobres, muita gente que não consumia proteínas de origem animal passou a incorporá-las na sua dieta.

Para efeito de comparação, o coxão mole teve seu preço reduzido em 1,13%; o contra filé, em 1,29%; o lagarto, em 1,48%; o filé mignon, em 3,46%; a picanha, em 1,03%; a alcatra, em 0,60% e o patinho em 1,02%. Na contramão das carnes de primeira, o preço do acém subiu 1,71%; o da costela, 0,83%; o do músculo, 2,18%; o da capa de filé, 1,84%; o do braço, 1,96%; o do cupim, 0,56% e o do peito, 1,57%.

Para complicar ainda mais a composição do prato dos mais pobres, as carnes suínas e a de frango deixaram de ser substitutos imediatos das carnes bovinas. Pelo menos é o que se pode depreender da leitura do IPC da Fipe aberto da segunda quadrissemana de agosto. As carnes suínas, em geral, subiram 5,09%. Por cortes, o pernil subiu 4,11%; o lombo com osso, 6,20%; a costela, 4,22% e toucinho, 6,30%.

O preço pago pelo quilo do frango aumentou 6,15%. As poucas opções para a substituição das carnes de boi, porco e frango ficaram por conta dos pescados e dos ovos, que tiveram seus preços reduzidos em 3,90% e 0,08%, respectivamente.





Fonte: AE

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