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Cidades/Geral
Terça - 05 de Agosto de 2008 às 10:32

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A Prefeitura de Cuiabá paga atualmente R$ 56,6 para cada tonelada de lixo coletado no município. Segundo o diretor comercial da empresa prestadora do serviço, a Qualix, Marcelo Gelf, o valor é um dos mais baixos do país. Durante depoimento hoje (04-08) na CPI do Lixo, Gelf comparou a quantia paga pela Capital com outras cidades, como Porto Velho (R$ 81,38), Belo Horizonte (R$ 78,52), Curitiba (R$ 63,79) e Natal (R$ 62,39).

Quando questionado sobre os investimentos feitos em Cuiabá, considerando os R$ 16,2 milhões pagos em 2007 pela Prefeitura para a coleta e transporte do lixo, além da administração e manutenção da usina de reciclagem e do aterro sanitário, o diretor explicou que o montante é inferior ao previsto no contrato firmado em 2004. De acordo com ele, o custo ao município, que seria de R$ 1,6 milhão ao mês, hoje é de R$ 1,4 milhão. Ele reforçou ainda que a licitação previa o pagamento de R$ 64 pela tonelada e a empresa cobra R$ 56,6.

Gelf admitiu que falhas ocorrem, mas garantiu que a empresa tem tomado providências para resolver os problemas, como a questão do uso da vala séptica e da frota de veículos. Ele afirmou que todas as reclamações surgiram de questões pontuais, provocados por chuvas ou manutenção de veículos, que já foram corrigidas ou que estão em processo de adequação.

O diretor destacou que, antes da CPI, o aterro foi avaliado como “bom” pelos órgãos competentes mediante a perspectiva de expansão. Ele reforça também que os principais problemas ocorrem porque o aterro é antigo e não foi construído com as mesmas técnicas e tecnologias existentes hoje. Ele lembrou que o principal entrave é a falta de espaço e que a empresa tem se adequado para destinar corretamente o lixo dentro das possibilidades oferecidas pelo local.

Segundo Gelf, ao contrário do que foi afirmado anteriormente, a Qualix não abandonou os trabalhos em 2002, apenas interrompeu a prestação de serviço para negociar os 10 meses de atraso no pagamento por parte da gestão anterior. Ele justificou que a atitude é amparada pela Lei 8.666, que faculta à empresa prestadora de serviço paralisar as atividades após 90 dias de inadimplência.

“Mantivemos a coleta mesmo sem receber durante 10 meses. Na época, o serviço era um dos melhores avaliados pela população”.

Ele explicou ainda que em função disso que a gestão atual renovou o contrato com a Qualix, garantindo o pagamento atrasado e negociando valores mais baixos para manutenção do serviço. Dessa forma, o débito caiu de R$ 17,5 milhões para R$ 11,37 milhões, sendo que a quitação foi parcelada em 40 meses e com um desconto de R$ 3,4 milhões aos cofres públicos. No total, a dívida ficou em R$ 7,9 milhões.

Sobre o questionamento em relação à doação de dinheiro a campanhas políticas, o diretor enfatizou que a Qualix contribuiu em períodos passados no país inteiro, em cidades onde atua e em outras onde não presta serviço. Ele reforçou ainda que todas as doações foram feitas conforme a lei.

O diretor esclareceu que a Qualix presta serviços em todo país há 40 anos. Além de Cuiabá, está em São Paulo, Recife, Teresina, Brasília e Porto Alegre. A experiência em vários municípios, disse ele, permite também afirmar que em poucas cidades do país há 60% da reciclagem do lixo, como ocorre na Capital de Mato Grosso.





Fonte: AMM

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