'Inflação do aluguel' acumula alta de 15,12% em 12 meses
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) recuou para 1,76% em julho, ante taxa de 1,98% no mês anterior, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Apesar do recuo, a taxa acumulada em 12 meses chegou a 15,12% - em junho, ficou em 13,4%. O IGP-M é usado para calcular o reajuste da maioria dos contratos de aluguel.
A maior pressão sobre o IGP-M em 12 meses veio dos preços por atacado, que acumulam alta de 19,39% no período.
No mês, a taxa do Índice de Preços por Atacado (IPA) ficou em 2,20%, uma queda de 0,07 ponto percentual frente à taxa do mês anterior. Os produtos agropecuários voltaram a pressionar o indicador, com a taxa passando de 3,35% para 3,69%. Já a taxa dos produtos industriais recuou de 1,86% para 1,63%.
Na divisão por estágios de produção, o índice relativo às matérias-primas brutas variou 3,78%, em julho. Segundo a FGV, os itens milho (de -5,52% para 11,64%), soja em grão (de 6,28% para 9,38%) e tomate (de -1,30% para 7,44%) explicam boa parte da aceleração do grupo.
Preços ao consumidor sobem menos
Entre os componentes do IGP-M, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou a menor alta em julho. O indicador ficou em 0,65%, ante 0,89% no mês anterior. A principal contribuição para a queda veio dos alimentos, cuja taxa passou de 2,20% para 1,41%.
Também tiveram recuo as taxas dos grupos vestuário (de 0,46% para -0,19%), saúde e cuidados pessoais (de 0,66% para 0,56%), habitação (de 0,41% para 0,39%) e educação, leitura e recreação (de 0,38% para 0,34%). Em contrapartida, os grupos transportes (de 0,05% para 0,23%) e despesas diversas (de 0,23% para 0,25%) registraram acréscimos em suas taxas de variação.
Em 12 meses, a alta acumulada pelo IPC é de 6,14% - menor que a metade do IGP-M do mesmo período. No ano, a alta é de 4,47%.
Taxa da construção recua
Em julho, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou variação de 1,42%, abaixo do resultado do mês anterior, de 2,67%. Os três grupos componentes do índice apresentaram decréscimos em suas taxas de variação: materiais (de 1,70% para 1,65%), serviços (de 1,85% para 1,09%) e mão-de-obra (de 3,75% para 1,27%).
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