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Repórter News - reporternews.com.br
Saúde
Sexta - 25 de Julho de 2008 às 15:48

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Um estudo realizado por cientistas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, sugere que homens que consomem produtos à base de soja podem ter o número de espermatozóides reduzido pela metade.

A pesquisa, publicada na revista científica Human Reproduction, analisou o sêmen de 99 homens com idade média de 36 anos e comparou a concentração de espermatozóides com a quantidade de soja consumida na dieta de cada um nos três meses anteriores à análise.

Segundo os pesquisadores, a concentração considerada "normal" de espermatozóide no sêmen fica entre 80 e 120 milhões por mililitro.

No entanto, a equipe observou que os participantes que consumiam em média uma porção de comida à base de soja em dias alternados apresentavam uma redução de 41 milhões no número de espermatozóides.

Apesar da redução, o estudo indica que o consumo de soja não afetou a mobilidade ou morfologia do esperma, nem o volume de ejaculação.

Hormônio

De acordo com Jorge Chavarro, que coordenou o estudo, uma substância química chamada isoflavona, presente em alimentos à base de soja como o tofu ou o leite, podem interferir na produção de esperma.

Ele explica que essas substâncias, também chamadas de fitoestrogênios, podem ter efeitos similares aos do estrogênio e reproduzir sua ação no organismo, o que afetaria a produção do esperma.

Chavarro observou ainda que os homens obesos que participaram da pesquisa eram ainda mais suscetíveis estes efeitos, o que poderia indicar que um nível alto de gordura no corpo também poderia aumentar a produção de estrogênio nos homens.

Fertilidade

Apesar dos resultados, o estudo aponta que, em algumas regiões da Ásia, o consumo de soja era consideravelmente superior ao máximo consumido pelos voluntários observados na pesquisa.

O professor de Andrologia da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, Allan Pacey, afirmou que se a soja realmente tivesse um efeito prejudicial na produção de esperma, a fertilidade em algumas regiões asiáticas também seria afetada e não há nenhuma prova de que isso esteja acontecendo.





Fonte: G1

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