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Saúde
Quinta - 17 de Julho de 2008 às 14:46
Por: Jesiel Pinto

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Começa dia 09 de agosto o início da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Rubéola, uma parceria da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) com o Ministério da Saúde (MS) e as Secretaria Estaduais de Saúde (SES). Em Mato Grosso será dirigida a pessoas na faixa etária de 12 a 39 anos, tanto homens como mulheres, com ênfase na família. A meta de vacinação no Estado é de 1.520.828 pessoas, das quais 774.579 são homens e 746.249 são mulheres. A campanha termina no dia 12 de setembro.

No ano de 2007, Mato Grosso registrou um total de 95 casos de rubéola confirmados, sendo 26 casos em mulheres e 69 em homens, assim distribuídos: 55 casos no município de Sorriso, 20 em Lucas do Rio Verde, 10 em Cuiabá, 04 em Barra do Garças, 02 em Nova Mutum, 02 em Várzea Grande, 01 em Juruena e 01 em Alta Floresta.

Neste ano já foram registrados 11 casos: 03 no município de Sorriso, 02 em Várzea Grande, 02 em Lucas do Rio Verde, 01 em Vera, 01 em Campo Verde e 01 em Acorizal.

A enfermeira responsável pelo agravo de doenças enxantemáticas (transmissíveis), da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Dalva Regina Brunca, explicou o início da campanha é estratégico. “Como as crianças vão voltar aos Postos de Saúde para tomar a segunda dose da vacina contra a Poliomielite nessa data, vamos aproveitar para vacinar toda a família contra a rubéola, também”, disse Dalva Regina, lembrando que a família não deve esquecer o Cartão de Vacina ao se dirigir aos Postos de Saúde e outras unidades básicas.

A vacinação ocorrerá em duas grandes frentes: com a aplicação da vacina dupla viral (sarampo e rubéola) em homens e mulheres com idade entre 20 e 39 anos de todo o Estado, e por meio da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) em indivíduos entre 12 e 19 anos. De acordo com Dalva Brunca, todos devem ser vacinados, independente do histórico de vacinação ou doença anterior.

RUBÉOLA - Também conhecida como “sarampo alemão”, é uma doença infecto-contagiosa causada por vírus. É transmitida pelo vírus do gênero Rubivirus da família Togaviridae. Os sintomas aparecem quando o paciente apresenta febre baixa, manchas na pele, dores de cabeça e pelo corpo.

A transmissão é diretamente de pessoa a pessoa por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar ou respirar. Não há tratamento específico para a rubéola. Os sinais e sintomas apresentados devem ser tratados de acordo com a orientação de um médico.

Algumas doenças se manifestam de forma semelhante à rubéola, como sarampo, escarlatina. Na situação atual de eliminação da rubéola, é muito importante identificar precocemente, diagnosticar e classificar casos suspeitos, como também realizar as ações de vigilância de forma adequada.

COMO TUDO COMEÇOU – Na reunião do 44º Conselho Diretivo da OPAS, nos Estados Unidos da América (Washington-DC), em 2003, foi resolvido que os Estados Membros da organização, dentre os quais está incluído o Brasil, iriam iniciar esforços para ‘eliminar a Rubéola e a Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) de seus países até o ano 2010’. Para tanto, foi decidido na reunião, os países iriam ‘executar as políticas e estratégias operacionais para alcançar a meta de eliminação da Rubéola e da SRC para 2010. O objetivo da OPAS é a erradicação da Rubéola e da SRC nas Américas.

Durante a 27ª Conferência Sanitária Pan-americana e a 59ª Sessão do Conselho Regional da OPAS em Washington (DC), nos Estados Unidos, de 01 a 05 de outubro de 2007, ficou decidido que se deveriam concluir a implementação de estratégias de vacinação e a intensificação da vigilância epidemiológica da Rubéola e Sarampo.

Em Mato Grosso, desde outubro de 2005, a Secretaria de Estado de Saúde vem realizando reuniões para capacitar os profissionais da Saúde nos municípios a atuar no esforço conjunto de erradicação da Rubéola. Os municípios de Tangará da Serra e Juína são os últimos, dos 141 do Estado, a completar a capacitação em preparação para o dia 09 de Agosto.

Dalva Brunca explicou que o objetivo da Saúde do Estado, acordado com o MS e a OPAS, é conseguir a erradicação da Rubéola e da SRC até o ano de 2010. “No caso da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) a preocupação é como o agravo afeta aos bebês ainda em desenvolvimento no ventre das mães. Se a mãe contrai a doença são eles os que sofrem mais, ficando sujeitos a efeitos de má formação do feto e até à morte”, explicou a técnica.





Fonte: SES-MT

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