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Economia
Terça - 15 de Julho de 2008 às 05:32
Por: Valéria Cristina Carvalho

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Volume de comercialização no Estado teve aumento de 70,72% no mês de junho em comparação ao mesmo período do ano passado

A venda de veículos cresceu 70,72% em Mato Grosso no mês junho, em relação ao mesmo período do ano passado. Percentualmente, foi maior até que a venda de motos, que cresceu 67,05%. No total, a venda de veículos de todos os tipos no Estado registrou alta de 71,12% em junho, superando em muito a média brasileira, que ficou em 31,12% nesse intervalo.

O presidente do Sindicato das Concessionárias e Distribuidoras de Veículos de Mato Grosso (Sincodive), Paulo Cesar Boscolo, diz que esse aumento na venda de veículos se deve em parte à grande especulação em cima do retorno da inflação. Como a todo momento há notícias de que a inflação vai subir, a uma corrida de consumidores para comprar o bem e evitar um juro mais alto. "É uma bolha de consumo, um questão especulativa".

No caso das motos, Boscolo frisa que a situação é diferente porque a grande maioria das compras desse meio de transporte é feita através de consórcio. Então, segundo ele, as especulações sobre a inflação influenciam menos o consumidor. O presidente do Sincodive aponta, porém, que esse falado aumento dos juros não é só teoria, ele já começou.

No mês de junho deste ano as concessionárias de Mato Grosso venderam 2,641 mil carros de passeio, contra 1,547 mil no mesmo período do ano passado. As motos somaram 6,886 unidades, ante 4,122 mil. No acumulado do ano (janeiro a junho), o crescimento percentual na venda de veículos foi um pouco menor, registrando 58,61%. É o resultado entre os 13,266 mil carros vendidos este ano e os 8,364 mil comercializados no primeiro semestre do ano passado. Também no acumulado, a venda de motos ficou 45,26% maior, saindo de 21,146 mil unidade no ano passado para 30,717 mil agora.

Mesmo assim, as maiores montadoras do país fecharam com resultado negativo e já prevêem desaceleração da produção. Boscolo destaca que isso aconteceu porque no primeiro trimestre do ano ainda havia filas para compra de carros novos, formadas desde o ano passado com o aquecimento da demanda. As montadoras precisavam produzir mais para vender e regular o estoque. Agora, que a oferta está regularizada as filas diminuíram e a grande maioria das fábricas tem estoque. "Com isso, as montadoras começaram a rever sua produção". Mesmo assim, o presidente do Sincodive acredita que as vendas continuem em alta.

Segundo ele, não há sinal de nada negativo. Além disso, lembra Boscolo, o segundo semestre é historicamente mais aquecido que o primeiro. Para colaborar, começa o período de campanha eleitoral, o que acaba movimentando mais a economia de forma geral. Sobre nova alta nos juros, Boscolo pondera que tudo depende muito do comportamento do preço do barril do petróleo, que influencia em praticamente tudo.





Fonte: A Gazeta

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