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Economia
Segunda - 14 de Julho de 2008 às 20:03

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O leilão de 3.500 cabeças de gado da raça nelore, realizado hoje pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), terminou sem que interessados apresentassem uma única oferta. Segundo o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, “o problema não foi a falta de comprador, mas o preço”.

Os animais foram apreendidos na região de Terra do Meio, no Pará, e fazem parte da Operação Boi Pirata, que começou no início de junho. O preço de abertura de todos os lotes somados foi de R$ 3,9 milhões, valor que teria inibido potenciais compradores.

Minc, que participou hoje da 60ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, em Campinas, espera que, no segundo ou terceiro leilão, o rebanho dos “bois piratas” seja vendido. “Minha esperança é que aconteça com o leilão do boi pirata o que aconteceu com o leilão do terreno da Ingá Mercantil”, disse Minc, citando o caso de um dos maiores passivos ambientais do estado do Rio de Janeiro, arrematado pela Usiminas, no final de junho, por R$ 72 milhões, valor 40% inferior ao preço mínimo proposto.

O próximo leilão do gado apreendido está marcado para a próxima segunda-feira (21). Em nota, o diretor de Proteção Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Flávio Montiel, afirmou que o resultado do leilão de hoje “fará com que haja um deságio no preço inicialmente proposto”. O novo valor deve ser reavaliado por técnicos durante a semana, levando em consideração, entre outros itens, gastos com o deslocamento do gado da região.

Na nota, o Ibama informa que o gado apreendido permanece sob a guarda de policiais militares e que “quem arrematar o 'boi pirata' terá segurança para retirá-lo da Terra do Meio”. O dinheiro arrecado com a venda dos animais será revertido para as ações do programa Fome Zero, do Ministério do Desenvolvimento Social.





Fonte: TVCA

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