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Economia
Sexta - 11 de Julho de 2008 às 17:16

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A economia mundial continua presa "entre o gelo da recessão e o fogo da inflação", disse nesta sexta-feira o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn.

Em uma conferência no resort de Yalta, no Mar Negro, ele afirmou que a maior parte da crise financeira global já passou, ainda que suas consequências continuem sendo sentidas ainda por algum tempo.

As economias emergentes, disse, ainda vivem um crescimento bom, ainda que a inflação, ligada à alta do petróleo e dos preços de alimentos, continue um problema sério.

"A maior parte da crise provavelmente já ficou para trás", disse Strauss-Kahn.

"Alguma parte ainda pode estar por vir. As consequências econômicas da crise obviamente ainda vão chegar."

Ele descreveu a resposta mundial à crise como "amplamente adequada". "Os bancos centrais trabalharam juntos bem e finalmente solucionaram a questão, que evitou uma crise."

Mas as condições da economia mundial continuam problemáticas.

"Ninguém pode dizer que a economia global está em uma boa temperatura. Estamos entre o gelo da recessão e o fogo da inflação", disse.

A inflação e a turbulência nos mercados financeiros, juntas, viraram "a primeira crise do século 21", com a origem do problema nos Estados Unidos.

Mas os mercados emergentes estão lidando bem com isso, afirmou.

"A boa notícia é que após décadas de ciclos interrompidos as economias emergentes estão realmente emergindo", falou, citando o crescimento econômico robusto não só de Índia e China como de outras regiões, como a África Ocidental.

A inflação, no entanto, continua sendo "um enorme problema", alertou.

"É um caso de vida ou morte" e deve ser atribuída as importações de petróleo e de comida. "Quase não se tem ferramentas para lidar-se com isso", disse.





Fonte: Folha Online

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