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Economia
Sexta - 11 de Julho de 2008 às 15:26
Por: Ligiani Silveira

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A emissão obrigatória da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) para alguns segmentos econômicos completou três meses e 11 dias. Em Mato Grosso, os números já apontam o êxito do projeto: de janeiro, quando da emissão das primeiras NF-e's ainda em fase experimental, a julho de 2008, foram emitidas mais de 1 milhão de notas fiscais eletrônicas para documentar as transações comerciais realizadas por contribuintes do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS).

O montante corresponde a R$ 15,4 bilhões em movimentação de mercadorias. A meta da Secretaria de Fazenda é passar a emitir 60 milhões de notas fiscais eletrônicas por ano a partir de 2009. O Estado já recebeu 41,5 mil notas eletrônicas de outras unidades da Federação, no total de R$ 1,9 bilhão. Desde o dia 1º de abril deste ano, a NF-e passou a ser utilizada de forma obrigatória para alguns setores, em todo o país, em substituição às notas fiscais em papel, modelos 1 e 1A.

Em Mato Grosso, a implantação do sistema eletrônico de emissão de notas fiscais atingiu, inicialmente, os seguintes segmentos: fabricantes e distribuidores de cigarros; produtores, formuladores, importadores e distribuidores de combustíveis líquidos; transportadores e revendedores retalhistas (TRR); comércio atacadista em geral; frigoríficos e indústria de bebidas; comércio ou indústria madeireira ou moveleira; comércio, indústria ou exportação de soja; e estabelecimentos que realizem operações interestaduais ou de exportação com açúcar, álcool, algodão, arroz, borracha, couro bovino, laticínios, madeira, milho e soja.

Atualmente, há 2.576 contribuintes emitindo Nota Fiscal Eletrônica no Estado, entre obrigados e voluntários. A partir do dia 1º de setembro, a obrigatoriedade de utilização do documento eletrônico será estendida a outros segmentos:

- fabricantes de automóveis, camionetes, utilitários, caminhões, ônibus e motocicletas; - fabricantes de cimento;

- fabricantes e distribuidores de medicamentos alopáticos para uso humano;

- agentes que, no Ambiente de Contratação Livre (ACL), vendam energia elétrica ao consumidor final;

- fabricantes de semi-acabados, laminados planos ou longos; relaminados, trefilados e perfilados de aço; e

- fabricantes de ferro gusa.

Caso os contribuintes desses segmentos deixem de utilizar a sistemática, pagarão multa e terão suas mercadorias apreendidas, além de recolherem o ICMS devido. Isso porque, a partir de 1º de setembro, as notas fiscais em papel emitidas por esses contribuintes serão consideradas inidôneas, ou seja, não terão mais validade.

Portanto, em virtude disso, o secretário de Fazenda, Éder de Moraes Dias, recomenda a esses contribuintes não deixarem para emitir o documento eletrônico muito perto do dia 1º de setembro ou somente a partir desta data. Ele aconselha os contribuintes a solicitarem à Sefaz o credenciamento para emissão da NF-e o quanto antes, de forma que a empresa disponha de mais tempo para organizar e executar o seu projeto.

BENEFÍCIOS

O Projeto da NF-e é uma iniciativa da Secretaria da Receita Federal em parceria com as Secretarias de Fazenda dos Estados e grandes empresas voluntárias. A sistemática traz benefícios efetivos a contribuintes, contabilistas e administrações tributárias, como redução de custos de impressão e aquisição de papel; simplificação de obrigações acessórias, como, por exemplo, dispensa de Autorização para Impressão de Documentos Fiscais (AIDF); redução de tempo de parada de caminhões em postos fiscais de fronteira; eliminação de digitação de notas fiscais na recepção de mercadorias; melhoria no processo de controle fiscal, possibilitando um melhor intercâmbio e compartilhamento de informações entre os Fiscos; diminuição da sonegação e aumento da arrecadação.





Fonte: Sefaz-MT

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