Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Sexta - 11 de Julho de 2008 às 13:09
Por: Valéria Cristina

    Imprimir


A alta no preço das passagens aéreas não deve afetar o setor do turismo em Mato Grosso. Pelo contrário, o presidente da Sindicato do segmento (Sindetur), Oiran Gutierrez, acredita que nesse segundo semestre do ano o mercado deve crescer 20% em relação ao ano passado. Além das férias de julho, período chamado de alta temporada, ele destaca que o segundo semestre historicamente é mais aquecido que o primeiro. Mas acima disso tudo está o fato do Estado estar longe dos grandes centros do país e dos principais destinos turísticos. "Com estradas ruins, Mato Grosso respira aviação".

Gutierrez observa que os preços das passagens aéreas não foram exatamente majorados, mas sim as companhias acabaram com as grandes promoções. Ele lembra que além do barril do petróleo ter batido a casa dos US$ 140, as principais companhias aéreas do Brasil (TAM e Gol) fecharam o primeiro semestre com prejuízo. Nessa situação, ou as empresas f azem reengenharia ou entram em crise. Para Gutierrez, será normal se as companhias reduzirem algumas frequências, como fez a OceanAir para se reequilibrar.

De acordo como presidente do Sindetur, a história de que os passageiros de ônibus estavam migrando para o avião era muito boa, mas a situação hoje é diferente. "Infelizmente, agora a diferença do ônibus para o avião é homérica. O que deve mudar, com isso, é o fluxo nas rodoviárias, que pode voltar a aumentar".

Independentemente disso, Gutierrez frisa que quem andava de avião não vai deixar de fazê-lo pelo preço da passagem. Ele cita que o principal destino dos turistas de Mato Grosso, por exemplo, é o Nordeste, cuja distância é grande. No ano passado, em plena crise aérea, teve gente que fez a viagem via terrestre. O presidente do Sindetur garante que esses nunca mais farão o mesmo. A viagem é cansativa e as estradas são ruins, o que resulta em certa dependência do avião.





Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/176983/visualizar/