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Politica Brasil
Terça - 08 de Julho de 2008 às 11:32

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Os nove candidatos a prefeito de Belo Horizonte prevêem gastar, no total, R$ 45 milhões na campanha eleitoral deste ano. Apesar de a lei eleitoral ter proibido showmícios, outdoors e distribuição de brindes, esse valor é 315% superior à soma dos gastos estimados pelos cinco políticos que disputaram o mesmo cargo quatro anos atrás --R$ 14,2 milhões.

O custo estimado das campanhas de 2004 equivale, em 2008, ao orçamento de apenas um candidato, Márcio Lacerda (PSB), que declarou que poderá gastar até R$ 14 milhões. Seu adversário peemedebista, Leonardo Quintão, estipulou em R$ 10 milhões o valor máximo a ser gasto. Jô Moraes (PC do B) fixou teto de R$ 7 milhões.

Apesar de calcular os custos em R$ 14,2 milhões, em 2004 os candidatos da capital mineira gastaram só R$ 6,8 milhões, quase 50% a menos que o previsto. Alegaram que não conseguiram arrecadar o esperado.

Em outras capitais, os candidatos também prevêem campanhas mais caras. Em Porto Alegre, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM) fixou em R$ 5 milhões o limite de gastos. Em 2004, quando disputou o posto, estimou a conta em R$ 2 milhões, mas gastou R$ 308 mil.

A petista Maria do Rosário projeta uma despesa de R$ 4,8 milhões --cerca de R$ 1,3 milhão a mais do que a estimativa feita pelo candidato do PT em 2004, Raul Pont. Naquele ano, a campanha petista custou R$ 3,5 milhões. O prefeito José Fogaça (PMDB) manteve, neste ano, a estimativa de R$ 3,2 milhões apresentada quando se elegeu há quatro anos.

Em Curitiba, os oito candidatos prevêem gastos totais de R$ 47,9 milhões. O candidato que estimou a maior despesa, de até R$ 14 milhões, é o deputado estadual Fábio Camargo, da coligação liderada pelo PTB.

O atual prefeito de Curitiba, Beto Richa, da coligação liderada pelo PSDB, prevê gastos de até R$ 9 milhões. A petista Gleisi Hoffmann registrou previsão de R$ 13 milhões, e o peemedebista Carlos Augusto Moreira Júnior, R$ 10 milhões.

Em Fortaleza, as nove campanhas estimam consumir juntas até R$ 39 milhões. Em 2004, os onze candidatos declararam ter gasto, no total, R$ 5,8 milhões. A candidata à reeleição Luizianne Lins (PT) prevê investir neste ano dez vezes mais que em 2004, quando se elegeu sem o apoio da cúpula petista. Na época, ela estimou seus gastos em R$ 1 milhão. Após a eleição, disse ter aplicado R$ 1,05 milhão. Agora, a previsão foi para R$ 10 milhões.

Em Salvador, os cinco candidatos à prefeitura estimam um gasto conjunto de R$ 21,7 milhões este ano. Nas prestações de contas em 2004, os custos somaram R$ 6,5 milhões.

O deputado federal ACM Neto (DEM) teve a maior previsão de gastos neste ano: R$ 8 milhões. O prefeito João Henrique Carneiro (PMDB), candidato à reeleição, estima em R$ 5 milhões o custo da campanha.

Em Recife, os sete candidatos prevêem investir até R$ 13,68 milhões nas campanhas. O peemedebista Raul Henry é o que teve a previsão mais alta: R$ 3,8 milhões. Em 2004, os sete candidatos declararam ter gasto, no total, cerca de 5,4 milhões.





Fonte: Agência Folha

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