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Economia
Segunda - 30 de Junho de 2008 às 14:06

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Em meio à crise mundial de alimentos que pode trazer impactos na inflação, a maioria da população brasileira teme a alta de preços no país. Pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta segunda-feira mostra que 65% acreditam que a inflação vai aumentar nos próximos seis meses --o pior índice de desconfiança em relação à inflação desde 2004. Apenas 12% acreditam na redução inflacionária ao longo do semestre. Outros 18% dos entrevistados avaliam que os índices permanecerão iguais e 5% não responderam.

A confiança dos brasileiros piorou no quesito inflação se comparada à rodada anterior da pesquisa, divulgada em março deste ano. Na ocasião, 51% dos brasileiros apostavam no aumento da inflação, enquanto 15% acreditavam que os preços não sofreriam alta no país. Em junho de 2004, 55% dos entrevistados acreditavam na alta inflacionária --maior índice de lá até 2008 divulgado pela CNI.

"Isso sinaliza desconfiança e percepção de que o processo de inflação hoje é mais substantivo do que no passado", explicou o diretor de assuntos institucionais CNI, Marco Antônio Guarita.

A população, no entanto, rejeita as políticas do governo de combate à inflação. Segundo a pesquisa, 53% dos brasileiros desaprovam as ações do governo federal no combate à inflação, enquanto 41% aprovam essas políticas. Outros 6% dos entrevistados não opinaram ou não quiseram responder.

Desemprego

Em relação ao desemprego, a pesquisa CNI/Ibope mostra que 52% dos entrevistados apostam que ele vai aumentar no próximo semestre, enquanto 21% crêem na sua redução e outros 21% avaliam que não haverá mudanças e 6% não responderam. Apesar do pessimismo, a população aprova as políticas do governo para o combate ao desemprego. No total, 52% dos entrevistados aprovaram as ações de combate ao desemprego, enquanto 45% rejeitam e 3% não opinaram.

Em relação à renda pessoal dos brasileiros, 37% dos entrevistados acreditam que ela vai melhorar nos próximos meses. Em contrapartida, somente 16% avaliam que a renda vai diminuir ao longo do semestre. No total, 40% dos entrevistados não acreditam em mudanças em suas rendas pessoais.

Impostos e juros

A maioria dos entrevistados também rejeitou o aumento na taxa básica de juros da economia (Selic), assim como o excesso de impostos arrecadados pelo governo federal. Ao todo, 61% dos entrevistados rejeitam a alta nos juros, com a aprovação de somente 31% dos entrevistados e 8% não responderam. Em relação aos impostos, 63% rejeitam o formato atual, enquanto 31% aprovam a quantidade de impostos arrecadadas pelo governo, 6% não responderam.





Fonte: Folha Online

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