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Economia
Quinta - 26 de Junho de 2008 às 16:51

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Os preços da carne bovina continuarão em alta, reflexo do aumento da demanda nos mercados interno e externo. Além disso, os custos da pecuária de corte estão elevados, o que impede a venda de bois para abate a preços mais baixos.

O preço do sal mineral, usado como suplemento alimentar, por exemplo, subiu 100% no acumulado deste ano. As informações são do presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte, Antenor Nogueira, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

"A tendência é de preços firmes. Não podemos vender por valores inferiores ao custo de produção", disse. Ele participou nesta quinta-feira (26), na sede da CNA, da primeira parte do seminário internacional Agri Benchmark Beef Conference. Nogueira lembrou que o preço da arroba dos animais rastreados supera R$ 100 em algumas regiões do país. Para animais que não tenham o sistema de rastreamento, os lotes estão sendo vendidos, em média, a R$ 94 por arroba.

Abate de fêmeas

Com o dólar nos patamares registrados nas últimas semanas, a arroba do boi brasileiro vale quase US$ 60. Historicamente, o preço médio da arroba nas praças paulistas variava entre US$ 20 e US$ 25. O representante dos pecuaristas acredita que a alta dos preços é resultado do abate excessivo de fêmeas, fenômeno que vem sendo verificado nos últimos três anos. "No passado, nós procuramos o governo e defendemos um programa para retenção de matrizes, mas nada foi feito", lembrou.

Nogueira lembrou que os preços da carne no mercado internacional também estão em alta. De acordo com ele, os cortes enviados para a Rússia tiveram valorização de 200% no acumulado dos cinco primeiros meses do ano, em relação a igual período de 2007. Os preços dos cortes enviados para Irã e Egito dobraram no ano.





Fonte: G1

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