Ministro diz que reajuste do Bolsa Família não prejudica contas do governo
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse hoje que será necessário apenas um pequeno ajuste nas contas do governo para o pagamento do aumento do Bolsa Família anunciado pelo governo.
O reajuste acertado pelo governo será de quase 8%
(o percentual varia devido ao arredondamento dos valores). O benefício mínimo sobe de R$ 18 para R$ 20. O valor máximo vai subir de R$ 172 para R$ 182.
O orçamento do Bolsa Família para 2008 é de R$ 10 bilhões. Com o reajuste, seriam necessários entre R$ 350 milhões e R$ 400 milhões a mais para pagamentos nos próximos seis meses.
Desse total, já há R$ 180 milhões no caixa do governo, uma sobra em relação aos pagamentos previstos nesse semestre. Portanto, se estima que serão necessários cerca de R$ 200 milhões a mais que sairão dos cortes anunciados hoje.
Em relação ao risco de que o aumento tenha impacto na inflação, o ministro afirmou que o governo também está realizando cortes de gastos, o que ajuda a segurar as pressões sobre preços.
"No caso do Bolsa Família, o que sensibilizou o presidente é que estamos reajustando o benefício destinado às famílias que são as mais pobres e às pessoas que geralmente são mais vitimadas pela inflação", disse Bernardo.
Segundo o ministro, a inflação dos mais pobres já chega a 8%.
Reajuste de servidores
Paulo Bernardo disse também que o reajuste dos servidores negociado com o governo está garantido e não será afetado pelos novos cortes.
"Nós já adotamos medidas que possibilitam os reajustes que foram ou estão sendo negociados com os servidores. Já mandamos para o Congresso um projeto de crédito adicionando R$ 7,4 bilhões ao Orçamento desse ano para fazer face a isso", afirmou.
Ele lembrou que, pela lei eleitoral, não se pode dar reajustes após o dia 4 de julho. Por isso, as negociações devem ser encerradas na próxima semana.
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