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Economia
Terça - 24 de Junho de 2008 às 10:02

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Os juros cobrados pelos bancos no cheque especial subiram em maio, apesar do recuo na taxa média para pessoa física. Também houve alta da inadimplência e volume recorde de empréstimos.

Segundo a pesquisa mensal de juros do Banco Central divulgada nesta terça-feira, no cheque especial, a taxa passou de 152,7% para 157,1% ao ano entre abril e maio (a maior taxa desde agosto de 2003, quando estava em 163,9%).

A maior taxa registrada até hoje no cheque especial foi verificada em julho de 1994 (294% ao ano). No empréstimo pessoal, caiu de 50,6% para 48,4% ao ano.

Os dois movimentos estão ligados ao spread bancário, a diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa efetiva cobrada dos clientes. No primeiro caso, o spread subiu 4,0 pontos percentuais e foi repassado para o consumidor. Já o spread do empréstimo pessoal recuou (3,1 pontos), ganho que foi parcialmente repassado.

O crédito para aquisição de veículos subiu pela primeira vez desde janeiro, apesar da estabilidade do spread. Esse segmento é influenciado, principalmente, pelas operações de leasing, que mais que dobraram nos últimos 12 meses. As taxas para compra de carros tiveram alta de 29,8% para 30,6% ao ano.

Taxa média e inadimplência

A taxa média de juros para o consumidor passou de 47,7% ao ano em abril para 47,4% em maio. No final do ano passado, a taxa chegou a cair para 33,8% ao ano, mas voltou a subir em 2008, atingindo o pico no mês de fevereiro (49%).

A alta dos juros no começo do ano acompanhou a interrupção da queda da taxa básica de juros promovida pelo BC. Também foi influenciada pelas novas regras do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) instituídas neste ano para compensar o fim da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).

A inadimplência superior a 90 dias para pessoa física subiu 0,2 ponto percentual, para 7,3%, o pior resultado desde fevereiro de 2007. Para as empresas, ficou estável em 1,8%. Na média (PF + PJ), ficou estável em 4,2%.

Empresas

Os juros das empresas apresentaram alta no mês de abril, de 26,3% ao ano para 26,9%. Com isso, a taxa geral (pessoa física e jurídica) passou de 37,4% para 37,6% ao ano.

Houve redução também do spread bancário. O spread geral caiu 0,5 ponto percentual em maio (para 24,5 pontos percentuais), mas subiu 2,2 pontos no ano.





Fonte: Folha Online

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