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Internacional
Sexta - 20 de Junho de 2008 às 15:48

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Um garoto tcheco de sete anos foi mantido preso durante meses em uma cela, enquanto familiares o torturavam e comiam pedaços arrancados de sua pele, de acordo com informações judiciais.

Segundo o jornal inglês "Daily Telegraph", Ondrej Mauerova e seu irmão Jajub, 9, foram mantidos em uma cela em sua casa em Kurim, perto de Brno, na República Tcheca, por sua mãe Klara, 31, que faz parte de um grupo chamado Grail Movement [Movimento do Graal].

Os abusos --que envolviam outros membros da seita religiosa-- foram descobertos em maio deste ano, depois que um sistema de monitoramento em vídeo que funcionava como babá eletrônica de um vizinho capturou por engano as imagens do que ocorria na casa ao lado.

De acordo com o jornal, os garotos foram algemados, espancados e amordaçados para que não gritassem. Segundo o tablóide britânico "Metro", eles também foram queimados com pontas de cigarro, agredidos com cintas e sofreram tentativas de afogamento. Além disso, os dois foram vítimas de abusos sexuais e obrigados a cortarem a si mesmos com facas.

Segundo a corte regional de Brno, Klara instalou o monitor de vídeo para que pudesse assistir aos abusos de sua cozinha. Depois da denúncia do vizinho, a polícia foi chamada e os dois garotos foram soltos, ao lado de uma jovem que dizia ser uma filha adotada de 13 anos.

No entanto, a polícia descobriu mais tarde que se tratava de Barbora Skrlova, 34, que também estaria entre os torturadores.

Ela tentou fugir para a Noruega, mas foi extraditada para a República Tcheca pouco depois.

Klara Mauerova admitiu à corte ter abusado de seus filhos, mas alegou ter sido induzida por Skrlova e por sua própria irmã, Katerina.

"Coisas terríveis aconteceram. Eu sei disso, e não sei como pude permitir", disse ela à corte.

Segundo o "Telegraph", além de Klara, Barbara e Katerina, também são acusados do crime o irmão de Skrlova, Jan Skrla, e um amigo identificado como Jan Turek.

De acordo com as informações judiciais, os abusos eram coordenados por meio de mensagens de texto enviadas de um celular por um homem identificado como "Doutor". Nas mensagens, eram explicados detalhes de como deveriam ser cometidos os abusos.

Segundo a imprensa local, o homem pode ser um dos líderes da seita religiosa.





Fonte: Folha Online

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