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Internacional
Terça - 17 de Junho de 2008 às 17:01

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O número de refugiados e pessoas deslocadas que fogem de conflitos armados ou de catástrofes naturais nunca alcançou um nível tão elevado no mundo, chegando a 67 milhões de pessoas no ano passado, informou em tom alarmista nesta terça-feira o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

O número de refugiados que deixaram seus países por causa de perseguições ou de um conflito aumentou 15,15% para 11,4 milhões de pessoas em 2007 contra 9,9 milhões no ano anterior, indicou o Acnur em um estudo global sobre o tema.

Além disso, 26 milhões de pessoas (24,4 milhões em 2006, ou seja, mais 6,5%) se deslocaram no interior de seu próprio país por causa da violência, e outras 25 milhões não tinham para onde ir em razão de catástrofes naturais.

A esses números se somam os 4,6 milhões de refugiados palestinos dos quais a UNRWA (Agência das Nações Unidas para a Ajuda aos Refugiados Palestinos) é encarregada no Oriente Médio.

"Após uma queda no número de refugiados durante cinco anos, de 2001 a 2005, vimos um aumento pelo segundo ano consecutivo", declarou o alto comissário da ONU para os refugiados Antonio Guterres em um comunicado.

Segundo ele, há "novas urgências ligadas aos conflitos em pontos quentes do planeta, a governos ruins, à degradação do meio ambiente devido ao clima, que reforça a competição por recursos escassos e ao forte aumento dos preços (...) fonte de instabilidade em vários lugares".

A grande maioria dos refugiados (80%) é recebida pelos países de sua região.

Afegãos e iraquianos

Os afegãos, sendo três milhões refugiados no Paquistão e no Irã, e os iraquianos (dois milhões na Síria e na Jordânia) representaram quase a metade de todos os refugiados sob o mandato do Acnur no mundo em 2007.

Os principais destinos dos refugiados em 2007 foram Paquistão, Síria, Irã, Alemanha e Jordânia.

Entre as pessoas deslocadas no interior de seu próprio país, de acordo com o Acnur, três milhões estão Colômbia, 2,4 milhões no Iraque, 1,3 milhão na República Democrática do Congo, 1,2 milhão em Uganda e um milhão na Somália.

O relatório do Acnur revela que o número de pedidos de asilo individuais aumentou em 5% no ano passado, principalmente devido aos iraquianos que buscam refúgio na Europa.

Por nacionalidade, os pedidos individuais de asilo foram feitos por iraquianos (52 mil), somalis (46.100), eritreus (36 mil), colombianos (23.200), russos (21.800), etíopes (21.600) e zimbabuanos (20.700).

Os principais países de destino para os pedidos individuais são Estados Unidos, África do Sul, Suécia, França, Reino Unido, Canadá e Grécia.





Fonte: AFP

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