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Economia
Terça - 10 de Junho de 2008 às 07:57

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Os países emergentes atrairão um total de US$ 800 bilhões em capitais privados em 2009, abaixo do número recorde de US$ 1 trilhão de 2007, mas que ainda assim supõe a segunda quantia mais alta da história, de acordo com o relatório "Fluxos Mundiais de Financiamento Para o Desenvolvimento", do Banco Mundial, divulgado nesta terça-feira.

A maior parte desses fluxos se dirige somente a algumas poucas economias de grande tamanho, dentre as quais se encontram os Bric (Brasil, Rússia, Índia e China).

No documento, o banco prevê, no entanto, uma diminuição do crescimento do PIB mundial, que passará de 3,7% em 2007 para 2,7% em 2008. O crescimento dos países em desenvolvimento diminuirá de 7,8% em 2007 para 6,5% em 2008.

O diretor do Departamento de Comércio Internacional do Banco Mundial, Uri Dadush, destaca em comunicado divulgado pelo banco que "o forte crescimento do mundo em desenvolvimento sem dúvida ajuda a resistir à abrupta desaceleração ocorrida nos EUA".

Dadush lembra que as crescentes pressões inflacionárias mundiais, especialmente os altos preços dos alimentos e da energia, "estão prejudicando grandes segmentos da população pobre no mundo todo".

A análise do banco aponta que o crescimento dos países em desenvolvimento foi impulsionado em parte pelo aumento dos fluxos de capitais gerado, entre outras coisas, pela maior presença de bancos estrangeiros nos países em desenvolvimento.

"A presença de bancos estrangeiros nos países em desenvolvimento amplia o acesso ao crédito e aos serviços financeiros, o que pode impulsionar a inovação e a eficiência dos bancos locais", disse o principal autor do relatório, Mansoor Dailami.

O estudo destaca ainda que as entradas líquidas de investimentos estrangeiros diretos nos países em desenvolvimento em conjunto aumentaram cerca de US$ 471 bilhões em 2007, conseqüência dos fortes incrementos registrados no Brasil (US$ 16 bilhões) e na Rússia (US$ 22 bilhões).

O relatório também alerta que os países particularmente ativos no mercado interbancário internacional, como Brasil, China, Hungria e a Índia, devem se preocupar com a possibilidade de seus bancos locais enfrentarem dificuldades de financiamento no âmbito internacional caso as pressões de liquidez nos mercados interbancários sigam em níveis elevados.





Fonte: EFE

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