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Economia
Segunda - 09 de Junho de 2008 às 13:40
Por: Leandro J. Nascimento

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As oscilações da moeda americana continuam influenciando um dos principais setores econômicos de Mato Grosso – o das indústrias madeireiras – e confirmando a projeção lançada no início do ano pelos principais setores de base florestal, quanto a uma nova postura: investir no mercado interno, ao externo, tem sido a melhor alternativa.

Neste mês, o dólar tem variado entre R$1,63 e R$1,61. Já na última semana de maio, encerrou a sessão em baixa superior a 1%, na menor cotação em nove anos. O menor valor de 2008 era do dia 16 de maio, quando a divisa chegou a R$ 1,642.

Para o presidente do Centro das Indústrias Produtores e Exportadoras de Madeira do Estado (Cipem), Jaldes Langer, o aquecimento no mercado interno tornou-se notável. “O consumo aumentou devido as obras de programas governamentais e a construção civil. Com o dólar atual, a exportação tornou-se inviável”, declarou, ao Só Notícias.

Ele ressalta que o mercado tem ditado as regras e afetado toda uma cadeia. “Há muita apreensividade e não se tem algo concreto. Um fato político, por exemplo, ou a descoberta de novos poços de petróleo fazem o dólar oscilar", ponderou.

Para o presidente, embora alguns empresários ainda mantenham negócios com o exterior, a realidade não pode ser generalizada. “Alguns empresários são uma exceção, pois possuem ninchos de mercado que ainda são viáveis ou produtos e fabricações diferenciadas”, ressaltou.

O presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte (Sindusmad), compartilha da mesma idéia. “Hoje está difícil de se praticar o mercado externo. O empresários têm conseguido melhores preços internamente”, acrescentou. Entre as principais dificuldades em se trabalhar com outros países, explica José Eduardo, estão as despesas, que tornam-se maiores que a rentabilidade obtida. “Hoje os custos estão maiores que o valor da venda”, acrescentou.

Desde fevereiro de 2006, a maior parcela das vendas de produtos de origem florestal realizados por madeira permaneceu no território nacional. 55,09% destinaram-se a outros Estados, 14,91% internas e 29,99% a outros países, conforme dados divulgados pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente.

Apenas em maio, dos R$141, milhões negociados, R$24,7 foram para outros Estados, R$83,5 de exportações e R$33,2 em vendas internas. Em abril, a venda total de madeira foi de R$ 139 milhões sendo R$30,8 milhões para Estados da federação, R$79, 8 voltados ao mercado internacional e R$28,4 em vendas internas.





Fonte: Só Notícias

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