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Saúde
Segunda - 02 de Junho de 2008 às 20:43

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Um novo método criado por uma companhia britânica poderá tratar a calvície com o implante de células capilares. O método criado pela empresa Intercytex e chamado de "implante de célula folicular" consiste em pegar pequenas quantidades de células capilares que ainda restam em uma pessoa que sofre de calvície, multiplicar essas células em laboratório e injetá-las novamente nas áreas calvas.

Seis meses depois do tratamento, 11 dos 19 pacientes tratados registraram crescimento de novos fios de cabelo, segundo relatos dos pesquisadores britânicos em uma conferência na Itália.

A companhia britânica alega que o novo método poderá fornecer um estoque ilimitado de células capilares e, se outros testes mostrarem que o tratamento é seguro e eficaz, poderá estar disponível no mercado em cinco anos.

De acordo com Paul Kemp, do setor científico da Intercytex, os mesmos princípios poderão, no futuro, ser aplicados para cultivar dentes sobressalentes e até outros órgãos. "Cada fio de cabelo é um pequeno órgão no fim das contas", afirmou Kemp.

Cultivo de células

Os pesquisadores pegaram apenas as chamadas células da papila dérmica, encontradas no folículo, que são responsáveis pelo crescimento do cabelo.

Estas células são cultivadas de áreas na parte posterior da cabeça, que geralmente ainda apresentam crescimento de cabelo em pessoas calvas, e então banhadas em um produto químico especialmente desenvolvido, antes de serem implantadas novamente nas áreas calvas do couro cabeludo.

Segundo Kemp, a presença das células da papila dérmica encorajou as células da pele a começar a construir um novo folículo capilar. "Creio que vai revolucionar o tratamento de cabelos", disse o pesquisador.

"As pessoas vão usar (este método) quando começarem a ficar calvas - virão nos ver, nós pegaremos algumas células da papila dérmica, cultivamos em laboratório, congelamos a maior parte e então injetamos algumas."

"As pessoas poderão voltar se a calvície avançar. Tenho certeza de que vai funcionar, é apenas uma questão de ajudar a técnica", acrescentou Kemp.

Andrew Messenger, dermatologista no Hospital Royal Hallamshire, de Sheffield, na Grã-Bretanha, diz que, se novos folículos capilares foram realmente produzidos, a nova pesquisa é um avanço. Mas o médico recomenda cautela.

"Ainda não temos certeza de que estes são novos folículos capilares e, na verdade, é muito difícil provar que são, e não apenas outro efeito", afirmou.





Fonte: BBC Brasil

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