Exportações e importações batem recorde histórico em maio, após fim de greve

A balança comercial brasileiras registrou recordes de exportações e importações no mês de maio, devido a uma distorção causada pelo fim da greve dos auditores da Receita Federal.

No acumulado do ano, período em que o efeito da greve é diluído, no entanto, o governo já verifica uma pequena recuperação nas vendas do país para o exterior.

Em maio, as exportações alcançaram o valor histórico de US$ 19,3 bilhões. Já as importações chegaram a US$ 15,3 bilhões (patamar também inédito).

Com isso, o saldo comercial registrado foi o melhor do ano (US$ 4,077 bilhões). O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior, Welber Barral, estima que cerca de US$ 1,2 bilhão desse valor seja "efeito da greve".

"A balança do mês recupera uma série de registros que não foram computados em abril por causa da greve. Agora, zerou tudo", disse Barral.

Segundo ele, o acúmulo se deu, principalmente, nas exportações de produtos básicos e semi-manufaturados, mais afetados pelo atraso nos registros da Receita.

No primeiro caso, por exemplo, 75% do aumento de exportações está concentrado em petróleo, minério de ferro e soja em grãos. No caso dos semi-manufaturados, 70% do aumento se deve às vendas de celulose e ferro liga para outros países.

Recuperação

Apesar da distorção nos dados de maio, o ministério vê uma recuperação nas exportações no valor acumulado no ano. Além disso, como todos os anos as vendas externas crescem entre maio e outubro, se espera uma melhora no saldo da balança, cujo resultado positivo caiu pela metade nos primeiros cinco meses do ano.

A balança acumula no ano superávit de US$ 8,655 bilhões, diferença entre exportações de US$ 72,54 bilhões e importações de US$ 63,399 bilhões. No ano passado, estava em US$ 16,758 bilhões.

"Há uma retomada expressiva das exportações e o saldo comercial tende a crescer a partir de maio", afirmou o secretário.