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Economia
Segunda - 02 de Junho de 2008 às 13:24

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A inflação das matérias-primas pesou sobre os custos da indústria em maio, com reflexos nos preços dos bens finais, segundo o indicador PMI (Pesquisa Mensal Industrial), desenvolvido pela NTC Research e divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Real.

Em alta pelo segundo mês consecutivo, a inflação de preço de bens finais registrou o mais forte crescimento mensal desde o início da pesquisa há um ano, para 56,2 (sazonalmente ajustado) ante 54,1 de abril. "As empresas explicaram que tiveram que ajustar seus preços de modo a evitar que os custos mais altos de insumos corroessem suas margens de lucros", informou o estudo.

Por sua vez, o índice de preço de insumos marcou 64,7, acima dos 63 do mês anterior, e bateu o segundo recorde sucessivo de alta em maio. Os destaques ficaram por conta do preço do petróleo e do aço, em alta no mercado internacional. "Esse valor, que assinalou uma taxa substancial de inflação, refletiu relatos generalizados de aumentos nos custos de matérias-primas".

O índice PMI --indicador geral da atividade da indústria no levantamento da NTC Research-- recuou para 53,5 em maio, ante 54 em abril. "As condições operacionais no setor industrial brasileiro melhoraram em maio, sustentadas por um crescimento sólido da produção, do total de novos pedidos e do emprego", informa o estudo, embora o ritmo de crescimento tenha desacelerado.

A leitura do PMI abaixo de 50 indica queda na economia industrial, acima de 50, expansão, e equivalente a 50, ausência de mudanças. Quanto maior for a diferença do valor de 50, maior será a taxa de mudança assinalada pelo índice.

A produção industrial cresceu em maio, mas próximo do seu nível mais baixo em dois anos, segundo O índice de produção, sazonalmente ajustado, caiu para 53,7, seu ponto mais baixo em vinte e dois meses, segundo a pesquisa. O desempenho ocorre depois de recuperar-se em abril (54,9) de seu ponto mais baixo atingido em março (54,1).

Segundo o estudo, o fluxo de novos negócios avançou em maio, centrado no mercado interno, com o volume de novos negócios com o exterior em queda pelo quarto mês consecutivo.

"Os entrevistados citaram o enfraquecimento do dólar americano e as greves nos portos como os principais fatores que influenciaram a queda no volume de novos pedidos de exportação".

Quanto ao nível de emprego no setor industrial, o índice subiu pelo 21º mês consecutivo em maio -- de 53,8 de abril para 54,9 em maio. Novos projetos e necessidades crescentes de produção foram apontados como estímulos à contratação, como resultado.





Fonte: Folha Online

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