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Economia
Sexta - 30 de Maio de 2008 às 09:55
Por: Denis Freire de Almeida

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Há algumas décadas, o consumidor brasileiro fugia dos automóveis equipados com câmbio automático com a mesma veemência que o Super-Homem evita a criptonita.

Além de custar muito mais, o equipamento apresentava baixa confiabilidade e alto custo de manutenção. E ainda prejudicava o desempenho e a economia de combustível. Na hora de revender, então, era uma tortura.

Mas isso vem mudando nos últimos anos. A procura pelos carros automáticos é crescente e o que antes era exclusividade das versões mais luxuosas começa a se estender aos modelos de entrada das montadoras como, por exemplo, o Kia Picanto, o Peugeot 206 e o Honda Fit.

E mais: há pouco tempo era possível contar nos dedos das mãos os carros zero-quilômetro oferecidos pelas concessionárias com o câmbio automático. Atualmente, são mais de 70 opções para o consumidor. E para ter o câmbio automático em vez do manual, o cliente paga em média 7% a mais do valor do automóvel.

Três fatores primordiais explicam a nova tendência: o advento de novas tecnologias, que reduziram o custo dos câmbios automáticos, a facilidade de crédito e juros baixos, além, é claro, do crescente número de congestionamentos – ocasiões nas quais o equipamento é mais que bem-vindo.

Antes havia apenas um tipo de câmbio que se incumbia de trocar as marchas, no qual as trocas e o acoplamento do câmbio ao motor são feitos pela diferença na pressão do líquido (óleo) no sistema, resultante da força centrífuga exercida conforme a rotação do motor. Foi o primeiro câmbio automático fabricado em larga escala, pela empresa norte-americana Hydra-Matic, mais conhecido como hidramático.

O princípio ainda é o mesmo na maioria dos carros automáticos comercializados hoje, logicamente em versões aperfeiçoadas com o comando eletrônico das mudanças. Esse sistema é usado principalmente nos veículos com motores de alta potência, uma vez que utiliza conversor de torque e preserva as engrenagens contra a força excessiva do motor nas arrancadas.

Recentemente, porém, outros dois sistemas ganharam força no mercado brasileiro: o CVT ou câmbio continuamente variável, usado por Honda, Nissan e Audi, e o eletromecânico, de Chevrolet (Easytronic) e Fiat (Dualogic).

O revolucionário CVT (transmissão continuamente variável) utiliza duas polias cônicas no lugar das tradicionais engrenagens, fazendo com que o motor trabalhe sempre na faixa de giros mais propícia, aliando o desempenho com a economia.

Já o eletromecânico tende a democratizar o câmbio automático no mercado brasileiro em poucos anos. Ironicamente, apesar de se encarregar pelas trocas de marchas, o sistema não é automático e, sim, automatizado.

O câmbio é mecânico, como o de qualquer automóvel com alavanca manual, mas um robô acoplado ao equipamento fica responsável por acionar a embreagem e engatar a marcha mais adequada. Não há pedal de embreagem e os comandos da alavanca são os mesmos de um câmbio automático tradicional.

Na prática, o motorista tem todas as facilidades do câmbio automático, aliadas aos benefícios do modelo mecânico – maior confiabilidade e manutenção mais barata. Para dirigir, o procedimento é sempre o mesmo.





Fonte: G1

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