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Economia
Quinta - 29 de Maio de 2008 às 14:16

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Depois de ter paralisado a produção por aproximadamente uma semana no início do mês de maio, a fábrica de cimentos Itaú, da Votorantim, em Nobres, ainda não conseguiu estabilizar a oferta do produto no mercado.

As lojas de material de construção estão buscando o cimento em São Paulo, Brasília e Paraná. O resultado isso é o aumento do preço ao consumidor, por conta do frete. Mas não é só isso. As empresas ainda encontram dificuldades de trazer o cimento para Mato Grosso devido à falta de caminhões que queiram vir para o Estado.

No Nortão, conforme Só Notícias já informou, o preço da saca aumentou cerca de 45%.

O presidente da Associação do Comércio Varejista de Materiais de Construção do Estado (Acomac), Venceslau Júnior, diz que se hoje tivesse 10 carretas em Brasília, todas viriam cheias de cimento para cá. Na capital federal há disponibilidade do produto, assim como em São Paulo, mas não há caminhões para fazer o transporte. O problema é que Mato Grosso está sem carga de retorno. Os principais produtos de retorno do Estado são soja e madeira. A safra de soja já foi concluída e a madeira não está podendo ser transportada. E os caminhões não podem fazer viagem sem retorno garantido porque o prejuízo é grande.

Ou seja, os empresários estão sendo penalizados duas vezes. Conforme Júnior, a saca de 50 quilos de cimento está sendo vendida em Cuiabá de R$ 21 a R$ 25. Por volta do dia 10 de maio, o preço mais alto verificado era R$ 21. Logo no início do mês a fábrica de cimentos em Nobres, que responde por 80% do mercado mato-grossense, havia parado a produção para manutenção não prevista nos fornos. Quase uma semana depois, a produção foi retomada e a previsão da Votorantim, segundo a assessoria de imprensa, era que o abastecimento voltasse ao normal em quatro dias.

Agora, o mercado enfrenta o mesmo problema. O presidente da Acomac diz que a Cimentos Itaú não está conseguindo atender a demanda. Ele frisa que a cota de compra dos comerciantes foi reduzida pela metade ou até mesmo um terço. Para "piorar" a situação, a demanda está aquecida. Júnior conta que a informação passada pela indústria é que em duas semanas o fornecimento de cimento estará normalizado.

Maria Gomes da Silva, que está construindo quitinetes, reclama da alta no preço do cimento. Ela diz que há 20 dias conseguiu comprar o produto a R$ 17. Agora o preço menor que ela achou foi R$ 23. A consumidora também frisa que comprou 100 sacas antes e hoje não consegue nem 10. "O preço está absurdo e acho estranho que apesar do problema ser na fábrica de cimentos Itaú, as outras marcas também tenham aumentado o valor".





Fonte: A Gazeta/Só Notícias

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