Publicidade
Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Terça - 27 de Maio de 2008 às 09:15
Por: Edilson Almeida

    Imprimir


Está prestes a acontecer. O presidente do Diretório Regional do PMDB, Carlos Bezerra, deverá anunciar ainda nas próximas horas uma reviravolta no processo político-eleitoral de Cuiabá – com fortes reflexos também no interior. Qual seja, o apoio do partido ao empresário Mauro Mendes, lançado pré-candidato do Partido da República a prefeito de Cuiabá. Deve acabar indicando o vice, no eventual acordo. Isso significa, por outro lado, que a sigla vai entregar – o mais rápido possível – todos os cargos que ocupa na administração do prefeito Wilson Santos. A medida representa um baque nos projetos eleitorais de Santos. O PT também deve oficializar apoio a Mendes.

Líderes dos três partidos estão desde às primeiras horas da manhã desta terça-feira reunidos em Cuiabá, discutindo o assunto. A decisão do PMDB em romper a aliança estratégica que havia fechado com o PSDB de Wilson Santos já vem sendo amadurecida há alguns dias. Bezerra chegou a entrar em contato com líderes do PT para discutir um entendimento eleitoral porque estar insatisfeito com o tratamento recebido por parte de Santos - envolto numa espécie de soberba política por causa dos números das pesquisas eleitorais favoráveis.

Na busca de angariar mais apoios e tentar "liquidar" a reeleição, Santos teria feito movimentos partidários que indicaram claramente que dificilmente cumpriria o acordo com o PMDB. Nisso, envolve também a questão da vice. Há tempos o prefeito nutre o sonho de “emplacar” pessoas ligadas à família Maluf. No começo do ano chegou a até mesmo “exportar” o deputado Guilherme Maluf para o PMDB, então secretário de Saúde, como forma de composição eleitoral. A manobra não surtiu efeitos por causa do prazo de entrada em vigor da fidelidade partidária, Maluf teve que ser reabrigado às pressas ao PSDB. Mas há outras situações ainda não reveladas.

Quando fechou o acordo político-partidário, visando as eleições municipais, ficou estabelecido que, além da Sanecap, o PMDB ainda teria direito a mais uma secretaria. O partido queria a Secretaria de Infra-Estrutura, entregue ao PDT. PMDB-PSDB ainda fariam esforços para compatibilizar interesses eleitorais em várias cidades-pólos do Estado. Outro ponto do acordo estaria na manutenção, no ano que vem, da presidência da Câmara Municipal com um nome indicado pelo PMDB.

No final de semana, peemedebistas se reuniram e concordaram em entregar todos os cargos que foram negociados com Santos como forma de participação do partido na administração municipal. Entre os quais, a cobiçadíssima Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap), ocupada pelo economista Aldo Romani.

Também no final de semana, Carlos Bezerra se encontrou com líderes do PT para discutir uma possível aliança. “Patinaram” nas conversações em função da sigla trabalhadora ainda estar com seus rumos completamente indefinido. A rigor, fontes petistas, confirmam que o partido está literalmente dividido entre as forças lideradas por Carlos Abicalil, deputado federal; Alexandre César, deputado estadual; e Saguas Moraes, secretário Estadual de Educação; e o grupo da senadora Serys Slhessarenko. O PT decidiu em prévias pelo nome de José Afonso Portocarrero. A ala que defende a aliança do PT com o PR de Mauro Mendes é a que é liderada por Abicalil, César e Ságuas.

“Dificilmente o PT terá fôlego para bancar a candidatura de Portocarrero. A saída será a aliança mesmo com os republicanos” – avaliou uma fonte presente nas intrincadas discussões neste momento de afunilamento político-partidário. O trio pró-aliança com o PR discute ainda a ampliação da participação do partido no Governo – o que estaria esbarrando na resistência do governador. Blairo Maggi tenta a todo custo não misturar Governo com questões político-eleitorais.

O apoio do PMDB cai como uma luva para as pretensões de Mauro Mendes. É mais até do que ele e o governador Blairo Maggi, principal articulador político do empresário, esperavam. Além do PT e do PSB, os republicanos estavam tentando "alavancar" o apoio do PDT, onde também a questão do apoio a Wilson Santos não é tão pacífica. Maggi iria aproveitar sua influência para tentar convencer o grupo do deputado Otaviano Pivetta a apoiar Mendes. Com o PMDB, a candidatura do PR ganha naquilo que ela mais parecia padecer: tempo na propaganda eleitoral gratuita, ponto considerado fundamental para as pretensões de Mauro Mendes.





Fonte: 24 Horas News

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/179852/visualizar/